Investindo, é possível garantir retorno sobre o valor da rescisão e ganhar um respiro durante a procura por novas oportunidades
A crise econômica instaurada no Brasil tornou a busca por emprego um grande desafio, e colocou muitas pessoas em situação de desemprego ou fora do emprego formal. Diante dessa situação, muitas dúvidas surgem. Como ter uma renda mesmo neste momento? É possível investir mesmo estando desempregado?
Há algumas opções para quem está em busca de uma renda, mesmo fora do mercado de trabalho. Cozinhar para fora, vender roupas, sapatos e até móveis antigos, e claro, investir, caso a demissão tenha gerado uma rescisão.
De fato, é possível utilizar a rescisão para iniciar ou aumentar sua carteira de investimentos e gerar um retorno a longo, médio ou curto prazo. Para isso, é preciso ser mais cauteloso com os gastos, mas com planejamento, a tarefa torna-se mais fácil.
É recomendado, com o dinheiro recebido de FGTS, férias vencidas, rescisão e seguro-desemprego, se planejar para um período de mais ou menos seis meses, tempo que pode levar até o surgimento de outra vaga de emprego.
Para organizar essas finanças com a sua nova renda, advinda dos benefícios recebidos após a rescisão contratual, é preciso verificar suas últimas compras e extratos, e planejar alguns cortes. Analisar o que pode ser economizado neste período é importante para não acabar gastando mais do que está recebendo ou então gastando toda a quantia recebida apenas para manter os mesmos gastos de antes.
O corte de gastos pode ser pequeno ou grande, dependendo da situação, se existem outras economias, ou quanto do antigo salário era gasto com o quê. Por exemplo, se você considera o aluguel um gasto muito alto para a situação atual, vale a pena tentar trocar de apartamento, mas se o valor está dentro da sua nova margem de despesas, é possível fazer cortes menores, como com televisão, serviços de streaming, compras, assinaturas, etc.
Mas como investir a rescisão?
Como a rescisão é um dinheiro emergencial, é preciso que ela esteja disponível para você fazer saques mensais, caso necessário, mas ela também deve render alguma liquidez, para garantir que o investimento está valendo a pena.
Investir em poupanças que garantem rendimento igual ou maior que o do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) ou em renda fixa, que geralmente rende variando com a taxa Selic, a taxa básica de juros, é o mais seguro, e por isso, é ideal para quem está em busca de recolocação profissional.
Algumas opções nessas modalidades são o CBD, o tesouro Selic, tesouro direto ou qualquer opção que o banco ofereça que não tenha muitas taxas e garanta seu rendimento e sua segurança.
Atenção à hora da escolha: cautela nos gastos e nas possibilidades de saque do seu investimento são pontos essenciais para ter sucesso no investimento da rescisão e ganhar um respiro para voltar ao mercado de trabalho.
