Confederação Nacional do Comércio (CNC) alerta para alta da inadimplência, mas há boas alternativas no mercado para renegociar e ganhar fôlego
A pandemia agravou a crise econômica e trouxe um maior endividamento do consumidor. Dados de junho de 2021 da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mostram que praticamente 70% das famílias brasileiras estão hoje nesta situação, o mais alto patamar alcançado nos últimos 11 anos.
O reflexo mais imediato disso é o aumento da inadimplência. Existe um número substancial de famílias que declaram que não terão condições de pagar contas ou dívidas e que permanecerão inadimplentes.
Vários motivos explicam a dificuldade de fechar o mês no verde: o orçamento do brasileiro apertou com a redução da atividade empresarial, tendo em vista o isolamento social causado pela pandemia. Além disso, uma inflação mais elevada, a diminuição do auxílio emergencial e o desemprego também puxaram para baixo o poder econômico das pessoas.
Isso gera uma procura maior por crédito para manter o nível de consumo, com um consequente aumento do endividamento, principalmente nas faixas com renda mais baixa.
Concessão de crédito
Segundo dados do Banco Central, as maiores dificuldades para as famílias estão no pagamento das obrigações mensais dos empréstimos e nos financiamentos bancários.
Em maio, as concessões de crédito para pessoas físicas subiram 4,3%, para R$ 178,6 bilhões. Em 12 meses, até maio, houve uma alta de 4,8%. No lado das pessoas jurídicas, as concessões aumentaram 0,2% em maio ante abril, para R$ 168,9 bilhões. Em 12 meses, até maio, o recuo é de 0,9%.
Entre as modalidades de crédito mais procuradas em junho, o crédito pessoal, os carnês de lojas e o financiamento de carro se destacaram.
Endividamento no cartão de crédito
Junto com o cheque especial, o acesso ao rotativo e ao parcelamento do cartão são modalidades de crédito emergencial muito requisitadas em momentos de endividamento. A CNC alerta que, em abril deste ano, 80,9% das famílias com dívidas recorreram ao cartão de crédito para se desafogar – um recorde histórico.
Com a taxa de inadimplência aumentando, as renegociações com instituições financeiras estão em alta no mercado. Prazos esticados, descontos concedidos e taxas mais competitivas são algumas das armas dos bancos para evitar que os clientes entrem em uma situação mais apertada, com a negativação do nome.
Muitos bancos estão oferecendo soluções acessíveis para dar fôlego às pessoas com débitos em aberto e facilitar o replanejamento financeiro. Por mais que pareça uma bola de neve que só cresce, há boas oportunidades por aí para juntar as dívidas e renegociar o saldo devedor com condições atraentes.
A negociação Santander é uma dessas rotas alternativas para limpar o nome quando preciso. O cliente pessoa física que tem dívidas, por exemplo, no cartão ou em empréstimos não precisa ir a uma agência bancária e se constranger com pedidos de renegociação: é tudo online, rápido e fácil. Nos próprios aplicativos dos bancos, o consumidor resolve a questão em poucos cliques, de um jeito que cabe no seu bolso.