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Abrasel envia ofício ao ministro da justiça alertando sobre a decisão do Conar

Na quarta-feira (13), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) encaminhou ao ministro da Justiça, Flávio Dino, um ofício em que alerta para a tentativa do Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) de impedir manifestação pública da entidade sobre o risco do fim do parcelamento sem juros. O objetivo é alertar o ministro sobre iniciativas que configuram uma ameaça à democracia brasileira e à liberdade de expressão.

Campanha da Abrasel contra o fim do parcelamento sem juros. Foto: Reprodução.

O documento destaca ainda que a discussão em torno do parcelamento sem juros deve ocorrer de forma transparente e aberta para a toda a sociedade e que qualquer tentativa de obstruir o debate é prejudicial para todas as partes envolvidas, em especial, a própria sociedade.

Saiba mais:

Os bancos Bradesco, Itaú e Santander protocolaram na véspera do feriado de independência um pedido de liminar ao Conar para que a Abrasel fosse forçada a tirar do ar a campanha em defesa do parcelamento sem juros no cartão. 

Nas peças, a entidade chama a atenção de maneira clara para a intenção dos bancos de acabar com a competitividade do parcelado sem juros, no âmbito da discussão sobre o financiamento rotativo no cartão de crédito. Na visão da Abrasel, as alterações no parcelamento sem juros traria perdas para os cidadãos, para o setor de comércio e serviços e para o país, em benefício exclusivo das instituições financeiras.

Na ocasião, o presidente-executivo da Abrasel, Paulo Solmucci, reiterou que, no pedido ao Conar, os próprios bancos admitiram que entregaram estudos ao governo apontando a necessidade de modificar a modalidade do parcelamento sem juros, e a entidade apenas trouxe o tema para ser debatido de forma pública. 

“Ora, basta ver na imprensa centenas de reportagens sobre a verdadeira intenção dos bancos: aleijar, acabar com a competitividade desse tipo de parcelamento. O que a Abrasel fez foi trazer este alerta para a sociedade de maneira clara e transparente, chamando para o debate”, afirmou.