Notícias


Aeroporto Internacional de Belo Horizonte anuncia adesão ao projeto do Príncipe William de combate ao tráfico de plantas e animais silvestres
  

Celebração do Dia Mundial de Conservação da Natureza ocorre com a assinatura da Declaração do Palácio de Buckingham em defesa da vida selvagem  

   No Dia Mundial de Conservação da Natureza, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte anuncia o comprometimento com o combate ao tráfico de plantas e animais silvestres e a conscientização global em defesa da causa como membro da ONG United For Wildlife (União Pelas Vidas Selvagens).   

O compromisso foi selado com a assinatura da Declaração do Palácio de Buckingham pelo CEO da BH Airport, Kleber Meira, integrando as mais de 40 empresas e organizações ao redor do mundo que apoiam a ONG presidida pelo Príncipe William. O terminal mineiro é um dos primeiros aeroportos da América Latina a assinar a Declaração do Palácio de Buckingham, fortalecendo um dos pilares da gestão que evidenciam o pioneirismo em desenvolver e implementar iniciativas focadas em sustentabilidade.  

“Atuamos em conjunto com os órgãos e agências de Segurança Pública e Meio Ambiente com o objetivo de detectar e interromper eventuais ocorrências de tráfico de vida silvestre durante as operações”, salienta Kleber. “A criação de um canal próprio para denúncias públicas é uma das ações previstas no nosso compromisso de combater o tráfico internacional de vida selvagem, identificando suspeitos de comércio ilegal, compartilhando informações e desenvolvendo mecanismos integrados com a United For Wildlife”, acrescenta.  

Além dessa iniciativa, o aeroporto irá realizar um treinamento específico para os profissionais responsáveis pela inspeção no terminal mineiro, em parceria com a Airports Council International (ACI) e com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o conteúdo que tem como base a prevenção e a contenção do tráfico de animais silvestres. Os treinamentos serão obrigatórios e incorporados na rotina dos profissionais de inspeção, envolvendo todos os colaboradores. 

Combate ao tráfico de vidas silvestres no Brasil 

Segundo dados do Ibama, 38 milhões de animais silvestres são retirados anualmente da natureza no Brasil e somente 4 milhões sobrevivem ao comércio ilegal. Em Minas, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas-BH) recebe, em média, 10 mil animais por ano. A maioria deles é vítima do tráfico, que configura a terceira maior atividade ilegal do mundo, com movimento estimado entre US$ 10 e US$ 20 bilhões por ano, atrás apenas do tráfico de armas e drogas.  

Crime previsto no Inciso III, artigo 29 da Lei 9.605/98, que regulamenta as sanções penais e administrativas para condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, o tráfico de animais silvestres expõe espécies ao risco de extinção, desencadeando desequilíbrios ecológicos que ameaçam a biodiversidade no planeta. Essa lei proíbe a venda, exportação, aquisição, guarda em cativeiro ou transporte de animais silvestres, sem a devida autorização. Além do crime de tráfico, o artigo descreve como ato ilícito as condutas de matar, perseguir, caçar, apanhar ou utilizar espécies silvestres, sem permissão da autoridade competente.   

   

As aves somam mais de 80% dos animais traficados. O papagaio-verdadeiro, o periquito-do-encontro-amarelo, a arara-vermelha, o curió, o tucano, o mico-leão-dourado, o macaco-prego, o sagui, a jiboia e o pássaro-preto estão entre as principais vítimas destinadas a colecionadores particulares. Espécies como jararaca, cascavel, surucucu, coral-verdadeira, escorpião amarelo, aranha marrom, vespas e besouros são comumente traficadas para fins científicos ilegais. O contato para denúncias é via Linha Verde do Ibama, no número 0800-618-080 ou por e-mail: linhaverde.sede@ibama.gov.br .