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Em Ouro Preto (MG) e na Pousada do Arcanjo: Um prazer que não tem preço

Silas Scalioni
Especial para o JORNAL MG TURISMO


Arte, cultura, deliciosas e variadas opções culinárias… e pra completar, tudo isso tendo como cenário uma das mais belas cidades brasileiras. Assim é Ouro Preto, antiga capital das terras mineiras e dona da mais rica e exuberante arquitetura barroca do país, tanto que em 1980 foi agraciada pela UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) como patrimônio Cultural da Humanidade.

Ir a Ouro Preto é ter todo o seu tempo ocupado. Se não for conhecendo os museus, as antigas igrejas, vendo de perto as obras de Aleijadinho ou se deliciando com a natureza que cerca toda a região, só de ficar parado, sentado em algum canto apreciando a cidade e imaginando como tudo aquilo foi construído séculos atrás, já compensa o passeio.

E tudo isso fica melhor ainda se o lugar onde você se hospedar acompanhar o nível, o prazer e as expectativas da sua viagem. Nesse aspecto, não resta dúvida que uma das melhores opções da cidade é o Hotel Pousada do Arcanjo. Simpatia, cordialidade, bom atendimento e um ótimo papo não faltam à equipe de funcionários do local. Conforto sem ostentação e muito bom gosto em todas as instalações da pousada – seja na decoração, no mobiliário ou nos equipamentos necessários à uma boa hospedagem -, são detalhes que transformam o hotel num desejo concreto de um futuro e breve retorno.

A gente já começa a ter ideia de como serão bons os dias na pousada ao ser recepcionado na chegada. Quem dá as boas-vindas e o senhor Benício, um negro alto de meia idade, que se veste caracterizado como alguém da cidade dos anos 1700 e 1800 e que esbanja simpatia e bom-humor. E o melhor: é um profundo conhecedor da história que viveu a antiga Vila Rica e dos personagens que escreveram um dos capítulos mais importantes, doloridos e heróicos da luta pela liberdade brasileira. E não são só as figurinhas carimbadas da Inconfidência Mineira os personagens que o senhor Benício aborda. Mostrando grande conhecimento sobre o que narra, inclusive sobre a vida em outros países à época, ele conta fatos envolvendo pessoas que não estão, ou que só passam de passagem nos livros de história, mas que enfrentaram perigos para ajudar a conjuração mineira. Eram pessoas quase anônimas, como comerciantes, donos de hospedarias, entre outros.

Todos as suítes da pousada, que por sinal são bastante confortáveis e amplas, além da tradicional numeração são também conhecidas pelo nome de algum personagem dessa história, muitos deles não tão conhecidos como os líderes da revolta (Tomás Antônio Gonzaga, Cláudio Manoel, Alvarenga Peixoto e, lógico, Tiradentes, são alguns exemplos). Mas todos igualmente merecedores de tal homenagem. Cada um deles, com certeza, teria orgulho de dar nome a um lugar que oferece uma cama gostosa, confortável e ampla, coberta por lençóis e colchas limpinhos e cheirosos, travesseiros macios em quantidade suficiente para cada necessidade ou gosto. Orgulho de dar nome a um lugar decorado com tanto bom gosto, que oferece um visual que agrada às mais exigentes vistas. E pensar que naquele tempo, quando um desses personagens encontrava um simples cantinho pra descansar sem correr perigo já era uma dádiva divina… É!!! Seria mesmo motivo pra orgulho…


Quando se vem a Minas, a culinária é também um detalhe que fascina e atrai os turistas. Por isso, o hotel dedica atenção especial aos sabores. Seu café da manhã, por exemplo, vai além do usual. Entre as delícias oferecidas vale destacar os mini churros feitos na hora, o tradicional rocambole de Lagoa Dourada (considerado o mais famoso do Brasil) e o financier, um mini bolinho francês de amêndoas. Lógico que tudo aquilo tradicional no café da manhã dos bons hotéis também são oferecidos ao hóspede.


O chá da tarde, também recheado de delícias, tem a opção de ser degustado num terraço ao ar livre com uma cascata relaxante e ornamentado por bouganvilles majenta. Tanto o café da manhã quanto o chá da tarde são servidos acompanhados pela suave música de fundo de um piano clássico. Pode ser que para alguns isso não tenha importância, mas para muitos trata-se de um pequeno detalhe que faz muita diferença.

Espalhados por todos os espaços e dando o clima que a pousada se propõe, belas e muito bem trabalhadas imagens dos arcanjos Miguel, Rafael, Uriel, Gabriel, entre outros, parecem estar ali para abençoar a nós, apenas simples mortais, mas que gostamos de apreciar e viver o bom e o belo.

Hospedar- se bem, na cidade patromônio Cultural da Humanidade, e ter ótimas experiências, não tem preço.