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ENTREVISTA – Deputado Estadual Mauro Tramonte (Republicanos)

(Crédito: Divulgação)

Presidente da Comissão de Turismo e Gastronomia divulga suas ações

PATRÍCIA COUTINHO
EDIÇÃO DE ANTÔNIO CLARET GUERRA (DIRETOR-GERAL)

Hoje a entrevista é com o pai da Carolina, Luca e Caio, Deputado mais votado em MG e o segundo mais votado no Brasil, apresentador de televisão, motoqueiro nas horas vagas, jornalista e bacharel em direito, Sr. Mauro Tramonte!

O senhor é o Deputado mais votado em Minas Gerais e o segundo mais votado do Brasil. Isso te inspira a fazer um mandato ainda melhor?

Olha, tem uma controvérsia aí, dizem que eu fui o deputado mais votado do Brasil. Se você verificar os votos válidos, proporcionalmente, eu recebi mais votos que o deputado de São Paulo. A partir do momento em que você é eleito deputado estadual você tem responsabilidade com tudo, mas, pela quantidade de votos, pessoalmente falando, sinto que tenho que demonstrar muito mais o meu trabalho, para justificar os quase 600 mil votos que eu tive. É muito voto.

Jornalista e Deputado, na Entrevista feita na ALMG. (Crédito: Divulgação)

Você é apresentador de televisão de um programa de altíssima audiência. Como você concilia a vida de apresentador com a de Deputado?

Não há problema ou incompatibilidade de horário, nós acompanhamos as votações on line e as nossas comissões são as 16 horas, daí eu saio da TV bem antes disso, chego aqui e acompanho tudo, quando tem alguma reunião externa à noite eu também vou. Inclusive isso já foi questionado no passado e já foi esclarecido muito bem que isso não me traz problema nenhum nem para a Assembleia, muito menos para a sociedade.

De certa forma pode até ajudar, você pode dar publicidade para temas e assuntos de interesse da sociedade?

Damos notícias boas do que está acontecendo. Antes mesmo de entrar na Assembleia nós fizemos um estudo do que poderia ser trabalhado junto à Assembleia e junto a TV.

O turismo representa 8% do PIB mineiro e tem um potencial gigante de crescimento. Países com histórico minerário como a França, se reinventaram através do turismo. Você acredita que Minas tem esse perfil?

O estado de Minas Gerais tem um perfil muito mais turístico que minerário porque o que acontece não é o minério que está acabando, são as mineradoras que estão acabando com Minas Gerais, em nome do progresso estão escavando tudo e daqui a pouco vão embora e largam aí um monte de eucalipto plantado, com buraco e lama matando tudo.

Tem cidades mineradoras que já nos procuraram pois estão preocupados porque a mineração está acabando e daí o que eles vão fazer? Tem que procurar um atrativo para você chamar o turista, as pessoas.

Agora o deputado é o presidente da Comissão Extraordinária de Turismo. Como surgiu a ideia da recriação da Comissão?

Na verdade, nós nunca tivemos uma Comissão só de Gastronomia e Turismo aqui na casa, antes já existiu de Turismo mas era ligado à de Desenvolvimento Econômico. Nós temos o queijo, o leite, nós temos doce, nós temos cachaça, nós temos cervejaria, produzimos comidas diversificadas, lugares lindos, como nós não vamos ter uma Comissão para isso? Eu acredito que na próxima legislatura, quem vier, possa pegar uma comissão permanente.

Você poderia dizer quais ações e projetos a Comissão está à frente?

Nós temos muitos projetos. Agora por exemplo foi aprovado o tombamento da Serra do Curral que eu acho de suma importância, porque daqui a pouco vão estar ralando a Serra do Curral toda, por trás já está oca. O projeto de lei 1157 que a gente acha muito interessante (autorização para divulgação do estado de MG fora do estado), ela vai ser votada pela Comissão de Turismo e Desenvolvimento Econômico depois vai para o Plenário.

Qual o motivo de Minas Gerais não poder fazer uma divulgação, propaganda, no aeroporto de Recife, RJ, Salvador? Em uma televisão, em uma rádio de outra localidade? Um absurdo eu não poder chamar o povo do Brasil para conhecer as nossas Minas Gerais, as belezas e gastronomia, tudo que nós temos.

Minas Gerais têm vários locais turísticos que os próprios mineiros não conhecem. Não seria um marketing efetivo e barato por exemplo divulgar minas para os próprios mineiros?

Claro, e já tem ideia para isso. Nós estamos fazendo o endo-turismo para você conhecer o seu estado. Inclusive nós estamos fazendo uma emenda no projeto aonde determina que as rádios e Tv´s do estado, comunitárias, vinculadas à Rede Minas, possam fazer propaganda, porque atualmente não pode.

Não pode?

Não. O Governo estadual (via Rede Minas) até faz programas para mostrar as cidades de Minas, voltado ao turismo. Porém as televisões e rádios que são educativas, comunitárias, do interior, não podem receber verba governo para divulgação. E é coisa barata, penso que seria uma ajuda de 15 mil, 20 mil, para fazer divulgação. As TV´s educativas são de suma importância.

Estivemos conversando com o presiden- te da AMIS (Associação de Supermercado de MG) e estamos acertando uma parceria para que nos cedam espaço perto dos cai- xas, nos estacionamentos, aonde a visibili- dade for melhor para colocar banners com propaganda e publicidade de várias cida- des de Minas Gerais, pedindo aos mineiros para visitarem Minas Gerais, ficar em Mi- nas Gerais, conhecer o seu estado.

Existe algum projeto para a privatização dos parques estaduais?

Eu não tenho conhecimento e isso te- ria que partir do poder Executivo. A gente sabe por exemplo que foi feito a privatiza- ção aqui do aeroporto da Pampulha.

Tem um Projeto nosso, o 3037, que é muito interessante pois diz que todas as concessões que tem no estado 10% sejam direcionados para o turismo.

Mas como seria gerido ou distribuído isso?

Aí é por Decreto com regulamentação do Estado. O dinheiro iria para o FASTUR para distribuir para o turismo considerando aí Infraestrutura, sinalização, editais, uma série de situações que o turismo necessita de verba. Hoje mesmo se a lei tivesse aprovada esses 10% do leilão do aeroporto da Pampulha já iriam para o turismo.

A questão da sinalização por exemplo é muito séria, não tem placas. Fizemos uma parceria com o CREA para projeto de sinalização, porque as vezes o empresário quer colocar uma sinalização do bolso dele e não tem o projeto de infraestrutura de trânsito que é o mais caro.

O turismo ficou muito parado, muito es- quecido, ficaram deixando para as prefei- turas fazer as coisas, sem fazer ou pensar em uma coisa mais macro.

Com o nosso trabalho na comissão de turismo e gastronomia nós estamos criando projetos de lei, oportunidades, para que os governos e secretarias trabalhem nisso. Eu não posso falar “olha, nós vamos colocar dinheiro aqui, dinheiro ali, nós vamos fazer isso”, não é meu trabalho como deputado.

Você apresentou um requerimento junto ao BDMG pedindo informações e históricos de movimentações do FASTUR, incluindo suas fontes de arrecadação e despesas. Você já obteve algum retorno?

Não, ninguém sabe nada do FASTUR. Nós vamos fazer uma audiência pública disso porque é um grande problema. Tinha no passado uma conta estava ativa que 600 mil reais, que não dá para nada. A intenção é montar um grupo de trabalho junto como Executivo e Assembléia, a quatro mãos, para montar gerir o FASTUR. O FASTUR foi criado pela Constituição Mineira e tem que ser bem gerido.

Jornalista MT 0022305/MG, colunista do JORNAL MG TURISMO, Advogada Tributarista