Ozório Couto lançou no dia 30 de junho, na Sociedade Mineira de Engenheiros (SME), o livro CARLOS CARNEIRO COSTA ― LIDER. O evento contou com a brilhante participação da violinista Adriana Côrtes, ex-Sinfônica e ex-Filarmônica de Minas, com doutorado em música em Nova Iorque, do Coral da Imprensa/ABT e pela Inês do Berrante, nacionalmente reconhecida e com vários prêmios, uma bela jovem universitária de 17 anos. Bufê muito bem-preparado por Sônia Ferreira. A obra, que seria lançada em abril de 2020, adiada por causa da pandemia, traz uma importante biografia sobre o engenheiro civil Carlos Carneiro Costa e a trajetória da Construtora Lider, fundada por ele em 1969, e que se tornou um dos destacados símbolos da capital alterosa.
Carneiro Costa formou-se pela Universidade Federal de Juiz de Fora e um dos seus contemporâneos de grande expressão foi o ex-presidente Itamar Franco, do qual foi amigo e que aparece nas páginas do livro. Carneiro Costa iniciou a brilhante carreira de construtor em 1963, fundando-se a seguir a Construtora Lider, tornando-se a mais importante do estado por décadas e até hoje a mais expressiva. A Lider se expandiu para Cabo Frio, Rio de Janeiro, e revolucionou a orla daquele importante centro turístico brasileiro, para Brasília, onde construiu belíssimos e bem-acabados edifícios, e para São Paulo, onde fez o primeiro conjunto de condomínios de alto luxo no Brasil, no bairro Morumbi.
Com 296 páginas, o livro teve produção cuidadosamente bem-preparada pela “adi edições”, com projeto gráfico do autor e de Júlio Hübner, revisão de P. S. Lozar, e perfeita impressão da Koloro Indústria Gráfica. Dividido em sete partes, incluindo cronologia da vida e obra e índice onomástico, contém importante acervo fotográfico, tanto familiar, social, de edifícios e de obras de arte, cuja apresentação é do desembargador Aluízio Alberto da Cruz Quintão, ex-presidente do Instituto Histórico e Geográfico (IHGMG), e prefácio do ministro Carlos Mário Veloso, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).
Caio, ex-miss Lúcia Helena Aguiar, com o escritor Ozório Couto
Na parte V, “Engenharia e Arquitetura: Obras de Arte”, encontramos amostras de muitas edificações da Lider, em fotografias de alto nível, e vários textos, entre eles do ex-ministro Ronaldo Costa Couto (o primeiro comprador de um Lider), do ex-governador Eduardo Azeredo, dos engenheiros Otávio Marques de Azevedo, José Aloízio Teixeira de Souza e Joaquim Franco, dos jornalistas Aristóteles Drummond e Angelo Oswaldo Araújo (prefeito de Ouro Preto), do livreiro Emídio Teles de Carvalho Filho, do industrial Lúcio Costa, do empreendedor Roberto Bontempo Cardoso, da esposa Scheila Carneiro Costa e dos filhos. Na parte VI, várias das obras de arte que compõem saguões de prédios Lider, e textos dos artistas plásticos Bracher, Jarbas Juarez, Olímpia Couto, Virgínia de Paula e Yara Tupynambá, entre outros, além de poemas do autor. Foi a Lider quem teve a ideia de colocar obras de arte nos prédios construídos por ela, que se tornou Lei. Uma das curiosidades do livro é a restauração da planta original do traçado de Belo Horizonte.
Presente na história de Belo Horizonte, de Minas Gerais e também do Brasil, a Lider também é uma obra de arte. Assim definiu Carlos Veloso: “Carlos Carneiro é, verdadeiramente, um construtor de sonhos e de lares.” “Não é à toa que Carlos Carneiro Costa criou a Construtora que instituiu em Minas, no Rio de Janeiro, em Brasília e em São Paulo, um padrão de técnica, arte e de bom gosto, o padrão Lider.” Já Aluízio Quintão nos diz que “a história do empresário Carneiro Costa é recheada de estágios da história mineira, tangenciando delicadas relações com a área política e realçando tópicos do desenvolvimento econômico do estado que lhe ensejou o ponto de partida para projeção nacional”. Ainda domina no cenário o “padrão Lider de acabamento”; o símbolo da empresa nos altos dos edifícios e nos passeios, sem dúvida, é o mais expressivo, de beleza e leveza ímpar, e que marca a construção civil.
Para o construtor, advogado e livreiro Emídio Teles, a Lider se tornou “objeto de desejo”. O autor de Amor gerais (poesias, 1997), Um hino à nação: Drummond (poesia, 2002), Dois poetas, dois centenários (com José Hipólito de Moura Faria, ensaio e poesia, 2002), Do pico do Amor pelo Cauê (poesia, 2005), Waldemar de Almeida Barbosa ― O Historiador (biografia, 2007), A mesa de Carlos Drummond de Andrade (com Yara Tupynambá, ensaio, arte e poesia, 2011) e Lyra aterradense (poesia, 2014), Ozório Couto traz a lume Carlos Carneiro Costa ― Lider, o 11º livro de sua autoria e editado por ele. No prelo, Couto conta com três obras de grande significado: sobre a sua terra natal, Luz, que completa o centenário de emancipação política e administrativa no dia 7 de setembro de 2023; sobre o aparecimento das Irmandades de Nossa Senhora do Rosário em relação à Folia de Reis e ao Congado; e sobre os Caminhos Drummondianos em Itabira do Mato Dentro.
