Diplomacia e Turismo

O Brasil e o mundo desconhecem a Feira Hippie

Toda vez que se pensa em atrações turísticas de Belo Horizonte o que vem à mente é o Mercado Central, a Pampulha, a Praça do Papa, Mirante, Praça da Liberdade, mas… e a nossa Feira Hippie? Eu não sei quanto a você, mas eu sou fã da Feira Hippie e penso que não a valorizamos ou a divulgamos à altura. Trata-se da maior feira a céu aberto da América Latina e não tem um site oficial ou um vídeo institucional adequado. Pessoas do próprio estado desconhecem a existência da Feira, e, em outros estados, a maioria dos brasileiros nunca nem ouviu falar. E nem se diga os estrangeiros.

Mas, me diga, quantas cidades têm a oportunidade de ter a cada domingo 3 mil expositores, em mais de 17 setores, com artesanato, roupas, bijuterias, produtos para decoração e barraquinhas com comidas e bebidas? Ora, a Feira Hippie é uma joia da nossa cidade! Expressão autêntica da nossa cultura e arte. Em números, a Feira Hippie corresponde 0,4% do PIB
de Belo Horizonte e emprega, direta e indiretamente, 30 mil trabalhadores, atraindo um público de 80 mil pessoas e gerando vendas de R$5 milhões a cada domingo.

Vista aérea da Feira, atração turística. Crédito: REPRODUÇÃO/PINTEREST

Nasceu de forma despretensiosa no ano de 1969, com artistas e estudantes que se reuniram no meio da Praça da Liberdade apenas para conversar, ouvir músicas e apreciar a arte e cultura. O crescimento e o movimento intenso na praça acabaram gerando prejuízos ao patrimônio público, e, no início da década de 90, a Feira se instalou na Avenida Afonso Pena, onde permanece até hoje. Desde 2020, ela passou a ocupar um espaço maior, indo desde a Praça Sete até a Rua dos Guajajaras.

Em 2021 foi aberta uma solicitação para a Feira se tornar patrimônio imaterial da cidade, nada mais justo! Com 53 anos de história, a pioneira, importante e grande Feira Hippie, merece todos os nossos aplausos, reconhecimento e devida promoção