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Queijo, massa ou chocolate? CEO internacional de bebidas dá dicas para harmonização de vinhos

Cris Broilo fez do vinho especialidade de sua empresa e ressalta as melhores combinações

Cris Broilo, ex-atriz e hoje empresária no segmento de bebidas importadas, é a negociadora direta por trás do catálogo internacional da Selecta, empresa que vem crescendo no cenário digital com serviço de entrega on-demand de rótulos de luxo. Boa parte da vitrine disponível chega de forma limitada ao Brasil e os vinhos constituem seção importante desse portfólio. “Das bebidas importadas, os vinhos são geralmente os mais conhecidos e agradáveis ao nosso paladar”, ressalta Cris.

A demanda por vinhos, em boa parte dos casos, anda junto com a procura pelas melhores harmonizações possíveis do fermentado. “Principalmente no segmento de luxo, a procura por uma bebida é um modo de elevar o patamar de uma refeição”, declara Broilo, que é “consultora informal” de harmonização desde antes da carreira de empresária e, depois disso, profissionalizou a consultoria: “Sempre amei bebidas no geral e principalmente vinhos. Combiná-los com pratos especiais, então, mais ainda. Antes de investir propriamente no setor, já dava dicas para amigos mais próximos sobre harmonizações. Também discutia bastante sobre as características de cada rótulo. Uma vez inserida no mercado, passei a fazê-lo de modo profissional, estudando cada vez mais para fornecer o melhor serviço possível”, diz Cris.

E quais são, afinal, as dicas primordiais de uma profissional para um aspirante a entusiasta de vinhos? “Para o público leigo, a comunicação é crucial: ninguém nasce sabendo e nem tem essa obrigação. O que mais me irritava no começo era o modo como o conhecimento era repassado. Ao longo das consultorias, procurei diversificar a linguagem conforme o perfil do cliente”. Aos que procuram conhecer melhor o mundo dos vinhos, Broilo ressalta que o essencial é entender as três características básicas da bebida: “Doçura, acidez e ressecamento (taninos). O primeiro passo é distinguir de maneira correta cada uma dessas particularidades. A partir disso, saber qual prato combina melhor com cada rótulo fica muito mais fácil. Sem decorar nomes de safras, uvas etc.”

Somente a partir desse exercício, Cris garante ser possível ter uma bela iniciação no mundo das combinações: “Taninos, os vinhos secos, não combinam com chocolates, amargos ou não. Vinhos ácidos e doces caem bem, mas devem ser selecionados a partir de uma dica coringa: combine a suavidade da bebida com a do prato em questão. O chocolate é mais leve? Prefira um vinho menos encorpado. O mesmo vale para queijos, que existem em todos os tipos. Os mais robustos combinam com vinhos doces, enquanto os mais leves são ideais para combinações com os ácidos.”

Em se tratando de massas, o elemento crucial a ser decifrado é o molho: “O gosto especial das massas, evidentemente, está no condimento. Seu preparo e ingredientes precisam ser levados em consideração na escolha do rótulo. Pimenta e sal não caem bem com vinhos muito alcoólicos, bem como frutos-do-mar e críticos reagem mal com os vinhos secos”