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Agricultura é celebrada em complexo cultural interativo inédito no País

Localizado em Horizontina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, o espaço de 64 mil metros quadrados abriga exposição de longa duração, atividades educativas, culturais, artísticas e esportivas.

Alguns moradores da cidade já conferiram parte dos espaços.
Felipe Pacheco / Divulgação MEA

Em 15 de dezembro será inaugurado em Horizontina, no Noroeste do Rio Grande do Sul, o MEA – Memorial da Evolução Agrícola. Trata-se de um complexo de arte, cultura, educação, meio ambiente, esporte e lazer de mais de 64 mil metros quadrados. No local, além do prédio que abriga a exposição de longa duração – altamente tecnológica e imersiva – da história de como a agricultura evoluiu no País, quais seus desafios atuais e futuros; haverá quadras esportivas, playground infantil, academia a céu aberto, loja, café e atividades educacionais. 

O novo espaço trará também diversas oportunidades de cursos e oficinas culturais para ampliar o conhecimento da população sobre esse promissor setor que é a agricultura e toda a tecnologia que cresce em paralelo, além da elaboração constante de estudos a respeito do tema. A região noroeste, já repleta de peculiaridades e belezas naturais, se reforça também como pólo turístico do Estado com mais essa iniciativa, promovida pelo Instituto John Deere. 

A história da agricultura se entrelaça com a história da humanidade. Há cerca de 12 mil anos, nossos antepassados começaram a cultivar as primeiras lavouras, o que mudou radicalmente o curso da vida na Terra. A prática ancestral de plantar e colher faz parte da história de muitas famílias do campo, além de ser indispensável para a vida de todos, inclusive no meio urbano. Apesar disso, no Brasil, esse importante setor é pouco representado culturalmente: são apenas 11 museus dedicados ao tema de um total de 3.967 instituições do tipo em todo território nacional. 

Uma experiência imersiva

O MEA oferece uma experiência única, unindo uma rigorosa pesquisa multidisciplinar, espaços museográficos imersivos e muita tecnologia digital e sensorial. A visita mediada inicia no “Palco da Evolução Agrícola”, uma sala que transporta o visitante para o tema do Memorial com uma tela de oito metros de largura, cinco de altura e som de cinema, além de uma maquete mecanizada da América do Sul, que se move conforme  a história  é contada em vídeo, sons, fotografias, dados, informações, gráficos e uma projeção em vídeo mapping. 

A experiência segue por salas ricas em cenografia, equipamentos de época, painéis, vídeos, displays contendo grãos, ferramentas e maquinário do passado e do presente. Além disso, diversos espaços serão convidativos à interação, sendo possível tocar, pegar e até subir em equipamentos. Dois deles, uma cabine de uma colheitadeira e uma cabine de um trator, contarão com simulação em realidade imersiva, sendo possível aos visitantes vivenciar a experiência de pilotar o maquinário em meio à lavoura. A narrativa avança e contempla questões históricas, sociais e regionais, com homenagens aos povos originários e aos imigrantes da região. 

Valorizar as raízes e mirar no futuro

Foi em Horizontina que a evolução agrícola brasileira começou. Na cidade foi fabricada a Colheitadeira automotriz SLC 65-A, a primeira máquina deste tipo no Brasil, que marcou o início da mecanização da agricultura no País. Isso permitiu ganhos de produtividade jamais vistos – e é por isso que a cidade foi escolhida para abrigar o Memorial. Essa máquina icônica, inclusive, será uma das atrações do MEA. 

Na exposição, o visitante irá conhecer a história da região, mas também terá insights sobre o futuro do setor como um todo. Serão apresentadas as mais recentes soluções adotadas na área e vislumbres sobre o que esperar nos próximos anos, abordando temas como a gestão moderna da agricultura familiar, das pequenas e médias propriedades e o aperfeiçoamento das técnicas para a produção de alimentos orgânicos. A exposição também lançará luz sobre o futuro do setor, que terá a incumbência de alimentar 8,5 bilhões de pessoas até 2030, de forma cada vez mais eficiente e sustentável.  

Lazer, educação, cultura e esporte 

Além dos atrativos do espaço museográfico, o MEA é um verdadeiro complexo que une arte, educação, esporte, lazer e bem-estar. 

O SENAI marca presença no complexo cultural MEA, ocupando uma área de 1.175,56 m²  no Prédio Fabril. A unidade oferecerá dez cursos e contará com três salas de aula, um laboratório e um Senai Lab. O Centro de Formação Profissional terá cursos profissionalizantes nos três turnos, incluindo os de aprendizagem para jovens de 14 a 24 anos e formações in company. Com o novo espaço, o SENAI do município poderá atender 200 alunos por turno. Outra operação que fará parte do complexo é o Centro de Inovação John Deere, que atualmente funciona na instalação da multinacional na cidade e passa a ter um espaço próprio. 

Seguindo a tendência dos melhores espaços culturais do mundo, o MEA contará com a Cozinha Experimental de Criatividade, que, além de um cardápio dos já conhecidos “cafés de museu”, promoverá experiências gastronômicas e oficinas, na qual a comunidade será convidada a compartilhar suas receitas exaltando os sabores, perfumes e sensações da culinária e dos ingredientes regionais.  

Experiências educativas para crianças, jovens, adultos e  60+ da região também serão promovidas com a inauguração do MEA. A programação do projeto “Semeando Cultura”, também do Instituto John Deere, que, atualmente, ocorre no prédio da Biblioteca  Pública Municipal passará a ser realizada no segundo piso do prédio que abriga a exposição, em salas projetadas e equipadas para aulas de dança, teatro, música, artes plásticas e experimentações artísticas. O espaço também estará disponível para parcerias com escolas da região. 

A área externa contará com: 

  • Playground – mais de 8 mil metros quadrados dedicados às crianças, com diversos brinquedos;
  • Quadras poliesportivas – dois campos de futebol sete, duas quadras de areia e uma quadra poliesportiva;
  • Academia ao ar livre – 21 aparelhos disponíveis para a prática de diferentes modalidades;
  • Espaço ao ar livre – mais de 40 mil metros quadrados de espaço aberto para passeios, com completo mobiliário urbano, paisagismo e segurança;
  • Espaço para feiras – local projetado para receber feiras em parceria com produtores e comerciantes locais;
  • Estacionamento – cerca de 145 vagas de estacionamento para carros, 35 para motos e 10 para ônibus.  

Idealizado pelo Instituto John Deere e viabilizado pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, o MEA tem como patrocinadores John Deere Brasil e SLC Agrícola. O apoio cultural é da Fahor e da Prefeitura Municipal de Horizontina. O projeto de arquitetura do complexo foi desenvolvido pela Liberali Arquitetura e o projeto museográfico é assinado pela Straub Design.

Serviço:

MEA – Memorial da Evolução Agrícola. A história de muitos. O futuro de todos. 

Todas as atividades são gratuitas e de classificação livre.

Horário de funcionamento do prédio Memorial: a partir de 15 de dezembro, de quarta a domingo, das 9h às 17h. Visitação gratuita. 

Área externa: de terça a domingo, das 8h às 22h. Entrada gratuita. 

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