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Atlântico Norte: Veja no Mapa onde ficam os Açores

Os Açores são um lugar vivo e autêntico, onde não há dois dias iguais definitivamente um lugar que vale a pena descobrir durante todo o ano.

As ilhas do arquipélago dividem-se em três grupos geográficos: o grupo oriental, constituído por Santa Maria e São Miguel; o grupo central, constituído pela Terceira, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial; e o grupo ocidental, constituído pelo Corvo e Flores.

Juntamente com os arquipélagos da Madeira, Canárias e Cabo Verde, os Açores integram a Região Biogeográfica da Macaronésia. Macaronésia significa “as ilhas da sorte” – tanto para quem lá vive como para quem a visita.

A arquitetura é uma das principais coisas para ver nos Açores. Quanto às igrejas, conventos, solares e casas rurais espalhadas pelo arquipélago, há um contraste de cores entre as paredes brancas e as cantarias negras de basalto, ignimbrito e traquito. Moinhos e azenhas, varandas em ferro forjado, fornos e chaminés, ruas, becos e becos e casas com paredes de pedra escura são outros elementos que tornam cada ilha tão típica. Angra do Heroísmo, na Terceira, é um repositório especial da identidade arquitetónica dos Açores, para não falar das inesperadas cores do arco-íris das fachadas de alguns edifícios.

Se procura o que ver nos Açores, então os museus açorianos guardam várias coleções etnográficas que refletem uma história profundamente ligada à terra, à criação de gado, ao artesanato e à pesca. A caça às baleias era mais intensa nas ilhas do Pico e Faial, conforme os objectos e contos de uma época repleta de homens corajosos. Várias salas do museu são dedicadas a coleções de artefatos religiosos, mas a maioria das peças ainda está guardada nas igrejas.

Se procura locais para visitar nos Açores então,através de variadas coleções etnográficas, os museus açorianos refletem uma história muito ligada ao cultivo da terra, criação de animais, artesanato e pesca. A caça à baleia  ganha especial atenção nas ilhas do Pico e do Faial, com vestígios e relatos de uma época interpretada por homens valorosos. O espólio de arte sacra preenche salas de exposição museológica, mas grande parte do valor artístico permanece no interior das igrejas.

Ao longo dos séculos, o povo açoriano manifestou uma elevada consciência política que ajudou a moldar personalidades ilustres, como o primeiro presidente da República de Portugal, Manuel de Arriaga, ou o seu sucessor, Teófilo Braga. A tradição de activismo social manter-se-ia, condimentada com os dotes poéticos e literários, com um certo cunho de lirismo, de Antero de Quental, Vitorino Nemésio e Natália Correia, ou artísticos, de Domingos Rebelo e Canto da Maya.

É um dos segredos da fama deste arquipélago, logo desvendado à chegada. A hospitalidade açoriana galga fronteiras mundo fora, marca inconfundível de um povo simples e de sorriso aberto, que sabe receber como ninguém. De Santa Maria às Flores, a característica é comum e nem a diferente morfologia, história ou hábitos de cada ilha o altera. A arte de acolher quem chega é uma das que mais se distingue nos açorianos que guardam sempre uma sonora gargalhada para quem chega, disponíveis para mais uma informação ou explicação em qualquer altura.

Conhecedores da história que os precede e orgulhosos de um património que sabem ser único e deslumbrante, são ávidos de partilha da sua casa com quem chega — há sempre espaço para mais um no jardim que habitam no meio do oceano.

Comprometido em preservar a riqueza natural de que são guardiões, convidam-nos a deleitarmo-nos com o que é seu, seja uma paisagem verde-jante, um prato secular feito num forno a lenha a acompanhar com um vinho vulcânico, uma obra de arte de um artista da terra ou um doce conventual, de outros tempos, que não querem que esqueçamos. Como se fosse possível, depois de sermos recebidos assim.