O Bacuri Cozinha Regional é um restaurante que resgata a autêntica gastronomia do Mato Grosso do Sul, difundindo com sucesso estas tradições culinárias entre moradores e visitantes da cidade de Bonito, onde está localizado. O restaurante celebra a cultura do estado através de seu rico cardápio, assinado pelo chef Sylvio Trujillo com referências aos maiores cozinheiros e historiadores do Mato Grosso do Sul.

Sobremesas do Bacuri Cozinha Regional
Além de carnes, peixes e outros saborosos pratos salgados, a cozinha sul-mato-grossense também apresenta sobremesas carregadas de história, com preparos característicos e ingredientes locais. O chef Sylvio Trujillo selecionou algumas receitas doces que vale experimentar em uma viagem ao Mato Grosso do Sul, muitas das quais são servidas no Bacuri Cozinha Regional em releituras contemporâneas e sofisticadas, criadas a partir da ampla experiência do chef em grandes restaurantes do Brasil e da Europa.
A começar pelo doce de jaracatiá, árvore nativa do Brasil cujo fruto parece um mamão pequeno, conhecido como “mamãozinho do mato”. O doce é feito do caule através do seguinte processo: abre-se uma janela no tronco da árvore, de onde é extraída a polpa; tapa-se esta abertura com o tampo retirado (pois a árvore tende a se regenerar, sendo assim uma prática sustentável); a polpa do caule é deixada de molho e caramelizada com açúcar e um pouco de suco de limão. No mês de dezembro, é possível fazer o doce a partir do fruto do jaracatiá.

Doce de jaracatiá

Caburé doce com melaço de cana
Já o furrundum, um doce de mamão verde ralado, suco de limão, canela em rama, e rapadura derretida, faz parte da criação do estado do Mato Grosso do Sul. Segundo historiadores, ele surgiu durante a Guerra do Paraguai, quando as fronteiras foram fechadas e a escassez de alimentos obrigou os colonos a cozinhar com o pouco que tinham.
Saudável, rica em ferro e proteínas, a geleia de mocotó de corte é uma iguaria no estado, desenvolvida em torno da pecuária. No processo, os pés do boi são fervidos à exaustão até que todo o colágeno se desprenda. No tacho de cobre, o mocotó já peneirado é fervido com leite, açúcar, bicarbonato de sódio e canela em pó. O segredo é mexer sem parar até que o doce endureça e fique com cor de caramelo.
Outra receita típica é a cachorrada, um doce de leite feito do leite coalhado por ordem natural ou pela adição de limão na receita. Leva esse nome curioso porque foi um acidente culinário, remetendo à expressão “que cachorrada”.
Simples e saborosa, a mousse de guavira é feita com a polpa da fruta, creme de leite, leite condensado, leite fresco e gelatina sem sabor. A guavira é um símbolo do Cerrado, por sua combinação de doçura e amargor, seu amplo aproveitamento e seus aromas. Sua temporada é rodeada de simbolismo e expectativas. Em Bonito, as pessoas circulam pelas ruas e guavirais com baldes nas mãos, fazendo a economia circular em torno dessa frutinha.
Há ainda o caburé doce, receita compartilhada entre o Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Nesta versão, leva apenas mandioca ralada, coco ralado, açúcar e manteiga. Pode ser assado ou cozido em folhas de bananeira. Fica ainda mais delicioso quando acompanhado por um café ou infusão de mate.

Mousse de guavira

Geleia de mocotó
Bacuri Cozinha Regional
Rua Vinte e Quatro de Fevereiro, 2286, Centro – Bonito/MS
Horário de funcionamento: segunda e de quarta a sábado, das 17h às 23h / domingo, das 11h às 15h e das 18h às 22h30
Telefone: (67) 9140-0299
Mais informações em: bacuricozinharegional.com.br / @bacuricozinharegional