Você já ouviu falar sobre cidades-irmãs? O conceito moderno de cidades-irmãs surgiu no pós-guerra, em 1947, com o intuito de fomentar a amizade, paz e cooperação entre diferentes culturas, principalmente culturas que estavam em lados opostos poucos anos antes, na Segunda Guerra Mundial.
Com a intensificação da globalização, o conceito começou a ser usado cada vez mais para promover a cooperação estratégica entre as cidades a nível econômico, cultural, político e de conhecimento, além de outras atividades como saúde, educação, transportes e meio ambiente.
O irmanamento se deriva da paradiplomacia, que, diferentemente da diplomacia, que ocorre entre estados nacionais, se relaciona entre unidades subnacionais, neste caso, as cidades.
O principal fator global ao qual as cidades-irmãs se fundamentam é o conceito de correspondência, onde os dois municípios verificam semelhanças como no número de habitantes, tamanho e setor econômico, podendo até mesmo considerar possíveis problemas ou dados históricos. Após o reconhecimento, as duas cidades realizam acordos paradiplomáticos para cooperarem em uma área de interesse mútuo.
O interessante é que as duas cidades podem se encontrar no mesmo país, como acontece com o Rio de Janeiro e Manaus, ou em países diferentes, como Belo Horizonte e Austin, nos Estados Unidos.
Um caso curioso: as cidades-irmãs também podem estabelecer um contato de exclusividade. Roma e Paris, por exemplo, assinaram um acordo em que uma só aceita a outra como cidade-irmã. Há até uma frase que brinca com a situação: “apenas Paris é digna de Roma, apenas Roma é digna de Paris.”
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