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Círio de Nazaré

O mês de outubro chegou! Esta frase pode parecer sem novidade para muita gente, mas os paraenses que vivem na capital paraense, Belém, ou na Região Metropolitana desta quadricentenária cidade e nos 144 municípios em grande parte vêem neste fato algo a mais: o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, uma das maiores festas religiosas do Brasil que acontece no segundo domingo de outubro.

Embarcação no Círio de Nazaré – Soraya Montanheiro

Ao reunir milhões de devotos da padroeira dos paraenses em torno da procissão realizada em sua homenagem, que sai da Catedral Metropolitana da Sé e termina em frente à Basílica de Nazaré, o mega evento religioso, a cada ano, reflete a força da devoção à santa milagrosa que emociona até mesmo praticante de outras religiões.

Ao contrário do ano pós-pandemia da Covid 19, quando a expressiva romaria não foi às ruas, segundo projeção do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) desde o ano 2021 a fluência de fiéis de várias partes do mundo apresenta um número cada vez maior.

Para este ano a previsão, por Belém estar no foco da atenção mundial em vista da escolha para sediar a COP 30 (a ser realizada em 2025) é que o interesse por reservas em hotéis e outros tipos de acomodação superou as expectativas, pois a lotação está completa desde o semestre passado.

Em vista desta situação, assim como ações e projetos estruturais são discutidos para recepcionar o maior evento de debates climáticos (para atender a demanda esperada de 60 mil participantes na conferência e suprir o déficit hoteleiro, por exemplo, o Comitê Executivo Municipal da COP 30 analisa transformar sete prédios federais mapeados pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU), atualmente desocupados e abandonados, em hotéis) tal fato já apresenta reflexos neste ano por ocasião da festa do círio de Nazaré com várias adaptações no setor hoteleiro do Estado.

Da mesma maneira como o governo federal, proprietários de amplas moradias com muitos quartos e espaços disponíveis igualmente começaram a reforma seus imóveis para hospedagem durante o período do círio de Nazaré.