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Educação positiva: entenda os benefícios e como pôr em prática uma criação mais afetuosa e humana

Método popularizado a partir dos anos 80 enfatiza o respeito mútuo, ajudando a formar pessoas mais gentis e que saibam lidar com suas emoções

(crédito: divulgação istock)

Educar os filhos é uma tarefa que demanda bastante atenção e paciência, o que pode ser frustrante em alguns momentos. Entretanto, devemos tratar os pequeninos sempre com bastante educação e respeito para dar um bom exemplo, o que impacta positivamente no seu amadurecimento. A educação positiva surgiu como um método para ensinar esses e outros valores importantes, fazendo com que as crianças cresçam desenvolvendo maneiras de lidar melhor com suas emoções e exercitando a empatia e a humanidade. Confira um pouco mais sobre como é esse método e quais são seus impactos para a vida de pais e crianças.

Antigamente, era muito comum acreditar que uma comunicação enérgica e ter um pulso firme era essencial para uma boa criação. Entretanto, ao longo dos anos, através de pesquisas, descobriu-se que essa não é a melhor maneira de tratar as crianças e que, em longo prazo, isso pode gerar traumas e uma má relação com seus pais, aumentando a falta de confiança e dificuldade na comunicação.

Na década de 1980, popularizou-se a chamada educação positiva, que teve Jane Nelsen como uma das maiores contribuidoras, tornando-se referência mundial ao divulgar essa estratégia. Seu trabalho mostra que tratar as crianças com afeto e empatia, acolhendo-as quando necessário, permite que elas cresçam de maneira mais saudável e que desenvolvam habilidades que serão importantes na vida adulta, como o respeito e o diálogo.

A educação positiva tem sua aplicação resumida em 5 itens, sendo eles:

  • Todos devem seguir as regras;
  • Deve-se explicar, de forma clara, os motivos das regras existirem e por que as atitudes possuem consequências;
  • Dialogar de forma respeitosa, sem voz alterada e xingamentos;
  • Apontar os erros sem exageros, mas também reconhecer e valorizar os acertos;
  • Repreender as atitudes erradas, mas não a criança.

Essas ações são importantes no dia a dia para a construção de diálogo como maneira de disciplinar e estreitar a relação com as crianças. Elas enfatizam que há razões para que as regras existam e que elas são implementadas tanto para seu bem-estar quanto para o bem-estar das pessoas em seu convívio. 

Ao parabenizá-las por uma atitude correta, elas desenvolvem senso de que estão fazendo algo bom para elas mesmas e para os outros. Os erros devem ser repreendidos para educá-las, mas nunca de maneira que as culpabilize. É preciso conversar de maneira racional para desenvolver seu senso crítico e que faça entender o motivo de o comportamento ter sido errado para que não se repita.

Sobretudo, é imprescindível reconhecer que são seres humanos em formação dignos de respeito. As crianças só vão saber o que é respeitar o próximo quando elas mesmas forem respeitadas enquanto indivíduos, tendo pessoas que dão um bom exemplo para elas dentro de casa. O diálogo calmo ajuda a exercitar o respeito mútuo.

Essa maneira de disciplinar impede os efeitos negativos de uma educação mais grosseira, cheia de punições, que costumava ser mais comum anos atrás. Quando gritamos com as crianças, ou batemos nelas, elas internalizam esse comportamento como normal e podem chegar a reproduzi-los em algum momento de suas vidas. Além disso, isso as machuca tanto fisicamente quanto emocionalmente, podendo causar problemas em longo prazo.

Essa metodologia é utilizada não somente em casa, como também é muito comum nas escolas por profissionais formados em pedagogia, que têm acesso a essa formação nas faculdades presenciais ou EAD, como a Unama. Além de se preocupar com a educação dos filhos em casa, é preciso conversar com os diretores e professores das escolas para conhecer melhor o método que eles utilizam quando estão cuidando dos seus filhos.