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Em São Miguel das Missões (RS), reunião das Cidades Patrimônio Cultural da Humanidade

Na Prefeitura de Ouro Preto (MG), Suely Calais Guerra, prefeito Ângelo Oswaldo, Sandra Coelho e Antônio Claret Guerra
DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE OURO PRETO

O Sr. participou recentemente de um Fórum de Debates das Cidades Patrimônio Cultural da Humanidade, em São Miguel das Missões, Rio Grande do Sul.  Quais foram as primeiras cidades Patrimônio Cultural da Humanidade e qual balanço podemos fazer do evento?

O primeiro bem cultural brasileiro inscrito na lista do Patrimônio Mundial foi Ouro Preto, em Minas Gerais, em 1982.

Anos depois tivemos a declaração de Olinda, em Pernambuco, em 1983. Depois, veio o registro das ruínas de São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, por isso nós reunimos lá a Organização  das Cidades  Brasileiras do Patrimônio Mundial. Agora, esse encontro foi para  a comemoração dos 40 anos da valorização das ruinas jesuíticas guaranis de São Miguel das Missões.

Quais os benefícios para Ouro Preto após o Encontro de São Miguel das Missões?

Ouro Preto saiu beneficiada, porque acertamos a realização de um importante programa de sinalização turística.

Especialistas internacionais foram convidados para que possamos ter uma sinalização adequada de padrão internacional,  a qual vai facilitar, não somente a circulação urbana dos moradores, como também beneficiará os visitantes que querem saber quais são os principais atrativos de cada um desses espaços.

Ouro Preto vai ganhar uma sinalização nova projetada com o patrocínio do BNDES,  que acertou também essa chancela com outras cidades do Patrimônio Mundial, que terão importantes espaços turísticos ainda sem sinalização.

Os mineiros e os brasileiros receberam uma grata notícia, a de que a Rua Direita, em Ouro Preto, foi considerada uma das mais inesquecíveis  de todo o mundo. O que isso significa?

Esse é mais um título importante no campo internacional, o que sensibiliza a comunidade, de fato uma via muito bonita, cheia em ambos os lados de perspectivas, uma agradável paisagem, muito linda, descortinando história a cada trecho palmilhado.

A Rua Direita, no período colonial, é aquela que conduzia à Igreja Matriz, o que acontece, por exemplo, em São Paulo. No Rio de Janeiro, tinha a Rua Direita, hoje Rua Primeiro de Março, Ouro Preto conserva a Rua Direita, na verdade tem outro nome, mas todo mundo fala Rua Direita.

Temos duas Ruas Direita, de Antônio Dias, hoje Rua do Ouvidor, e a Rua Direita, a do Pilar, porque eram duas Matrizes, a de Nossa Senhora da Conceição e a Matriz de Nossa Senhora do Pilar.

A Rua direita é um convite a todos que venham a Ouro Preto, porque ela impressiona  e mereceu destaque nesse Concurso Internacional que a considerou Rua Inesquecível.