Notícias

Energia solar inicia 2024 correspondendo a quase um quinto da produção elétrica nacional

Brasil ocupa importante posição no ranking internacional de produtores de energia solar, denotando preocupação ambiental aliada a bom desempenho econômico

(Créditos: istock, Lari Bat)

O Brasil caminha a passos largos na adoção da energia solar como uma de suas principais matrizes energéticas. O país já figura entre as dez principais potências do mundo, muito desse desempenho graças ao seu grande território e ótima incidência da luz natural. Dados apontam que o país já tem cerca de 17% de toda sua produção energética originada por este modal.

O levantamento da Absolar, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, corroborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica, a ANEEL, leva em conta desde as usinas e fazendas solares até plantas menores, como aquelas de particulares instaladas nos telhados de casas, prédios e demais espaços pequenos.

No total, são cerca de 38 GW de potência produzidos em terras brasileiras. Os incentivos governamentais, tanto federais como estaduais, o aumento da oferta e redução dos preços, somados à maior facilidade no acesso às placas solares, e também a busca por uma sociedade mais sustentável são os principais motores dessa importante conquista. A energia solar, hoje, só fica atrás da energia hidrelétrica.

São Paulo lidera o ranking dos estados com maior produção, gerada principalmente por meio de placas instaladas em telhados e terrenos. Há conexões elétricas em todos os 645 municípios paulistas, produzindo mais de 3,5 GW de energia. Minas Gerais segue logo atrás, com cerca de 3,45 GW produzidos, de acordo com a ANEEL. 

A geração distribuída, aquela feita por particulares, cujo excesso de produção retorna para a distribuidora gerando créditos, aumentou em 50% de 2022 para 2023. Esse crescimento na geração própria, além de ajudar no orçamento das famílias e das empresas, é um sinal de conscientização da sociedade em relação ao uso de energias renováveis para mitigar as causas e efeitos das mudanças climáticas.

Além disso, representa uma importante fatia na geração de empregos. Em onze anos – de 2012 a 2023, ou seja, desde o começo da série histórica que acompanha o desempenho do modal na economia, foram mais de 780 mil empregos gerados. A energia gerada no país é também exportada para Argentina e Uruguai, o que representou quase R$ 890 milhões nos cofres brasileiros.

Para 2024, a projeção é de mais de 280 mil empregos gerados e cerca de 9,3 GW somados ao total de energia gerado no país, segundo a projeção da Absolar, tendo a geração distribuída como protagonista, seguida pela geração centralizada, oriunda de usinas solares contratadas pelos leilões governamentais.

Sendo uma fonte de energia bastante versátil, isto é, capaz de ser gerada a partir de praticamente qualquer espaço, a tendência é que cada vez mais pessoas passem a aderir ao modal. Mesmo quem não deseja investir na instalação de placas pode se beneficiar da energia solar por assinatura, modalidade na qual o consumidor recebe energia das distribuidoras e fazendas solares.