Notícias

Frontier Platinum, um 4×4 que entrega tudo o que propõe

Por Carlos Fernando Schrappe Borges

Existem vários 4×4 no mercado, mas um dos que mais surpreende é a novíssima Nissan Frontier Platinum. Testamos um modelo na cor Azul Cayman que custa, hoje, R$ 325.840.

Colocamos o carro na estrada para fazer o percurso Curitiba-Belo Horizonte. Saímos da chuva e fomos em busca do sol nas Minas Gerais.

O modelo 2023 recebeu finalmente uma atenção especial da fábrica. Seu novo design chamado de “Emotional Geometry”, acertou em cheio e o faz despontar como uma das mais imponentes e belas picapes de nosso mercado.

Sua mecânica não mudou, continua impulsionada pelo confiável motor Bi turbo de 190CV e 45,9 kgfm a apenas 1.500 rotações que atrelado ao câmbio automático de 7 velocidades proporciona um desempenho bem honesto. O comutador tem 3 posições para o sistema 4X4: 2WD somente tração traseira, 4WD HIGH para trilhas leves até 70 km/h e 4WD LOW para situações extremas. 

A Platinum ainda vem equipada com rodas aro 18 e pneus 255/60 Bridgestone Dueler HT, teto-solar, medidor de pressão dos pneus e espelho fotocrômico.

Há também o sistema controle automático de descidas acentuadas, assistente de subida HSA, e 4 modos de condução: reboque (até 3.500 kg), esporte, standard e off road. A suspenção traseira é multilink com barra de torção helicoidal e eixo rígido com barra estabilizadora que proporciona robustez e conforto. Os freios são a disco nas quatro rodas.

Ganhou em tecnologia. O novo Nissan Inteligent Mobility traz o famoso sistema de visão 360 graus utilíssimo em manobras, alerta de colisão frontal, alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado traseiro, alerta inteligente de mudança de faixa que atua nos freios de modo a trazer você de volta para sua faixa com um aviso sonoro que pode se tornar irritante, e faróis altos automáticos que que ajustam as luzes ao detectar outro veículo.

Aliás, o novo conjunto ótico com 4 projetores totalmente em LED proporciona até 30% a mais de luminosidade, testados e aprovados em nossa viagem. Pelo computador de bordo você pode personalizar todos estes sistemas ativando ou desativando as funções que deseja. Faltou, no entanto, o ACC, o piloto automático adaptativo que permitiria mais conforto em longas viagens.

O sistema multimídia Nissan Connect de 8” tem excelente qualidade sonora, ótima resolução, mas só faz emparelhamento via cabo. Tem funcionamento liso e sem travas.

A cabine é muito confortável contribuindo para isso o bom isolamento acústico e os bancos com a tecnologia “zero gravity”, já conceituados pela marca. O do motorista tem todos os ajustes elétricos o que contribui para uma excelente posição de dirigir, que poderia ainda ser melhor se houvesse ajuste de distância do volante. Outro deslize é somente o vidro do motorista ter comando de um toque, e só para descer o vidro. Há saída de ar e tomada usb para o banco traseiro cujo espaço melhorou com relação ao modelo anterior, mas continua a ser cansativo em viagens mais longas.

Como é de se esperar, uma picape destas dimensões se sai melhor na estrada do que na cidade. Seu motor bi turbo e o elevado torque disponível a baixas rotações faz sua condução muito prazerosa, mantendo velocidade não importa o aclive pela frente.

 Seu tanque de 73 litros proporciona rodar até mil quilômetros na estrada, mas o computador de bordo não permite que você chegue lá tranquilo, pois com pouco mais de cem quilômetros de autonomia o visor apaga, deixando você na sorte de achar logo o próximo posto.

O modelo é equipado com um tanque de Arla 32, obrigatório para diminuir as emissões. O bocal fica ao lado do de Diesel, na mesma portinhola, é azul e está escrito ARLA32. Convém, ao abastecer, você acompanhar o frentista, pois em um dos abastecimentos ele estava abrindo o tanque do Arla…

Sua caçamba foi elevada em relação a versão anterior e sua capacidade de carga agora é de 1.054 litros.

O protetor de caçamba é de série e vem com um prático separador de carga, mas a capota marítima é opcional. Para nossa viagem instalamos uma para proteção e segurança dos equipamentos e bagagem. Há molas na tampa que a deixam mais leve, mas há o inconveniente da fechadura só trancar com a chave e não pelo controle.

Uma boa surpresa foi ao escolher o Estádio do Mineirão para fazer uma sessão de fotos. A proposta era aproveitar o céu azul e a moldura do belo estádio ao fundo. Mas, ao sermos surpreendidos por seguranças e ao explicarmos o objetivo das fotografias, logo em seguida a Comunicação do Estádio liberou o gramado para as fotos.

Rodamos 2.105,4 km e a média na estrada foi de 13 km/l e na cidade de 7km/l. O veículo foi cedido pela fábrica. www.nissan.com.br

Crédito: Pixabay