Com a possibilidade de novas políticas migratórias sendo discutidas nos Estados Unidos, a imigração voltou a ser tema central nos debates econômicos e sociais. Embora haja expectativas de maior rigor nas deportações, especialistas destacam que a força econômica dos imigrantes legais permanece inabalável.
De acordo com o presidente eleito Donald Trump, as prioridades serão voltadas para a deportação de imigrantes ilegais considerados ameaças à segurança nacional, como aqueles com antecedentes criminais graves. No entanto, não há indicações de mudanças significativas para os imigrantes que contribuem de forma legal para a economia americana.
“Os imigrantes têm impacto na economia porque representam uma camada importante em diversas áreas. Se houvesse uma deportação em massa, como algumas pessoas imaginam, isso teria um impacto econômico devastador para os Estados Unidos. Por isso, o foco deve ser apenas nos imigrantes que cometem crimes graves”, destaca o Dr. Vinicius Bicalho, especialista em imigração e membro da American Immigration Lawyers Association (AILA).
Estudos recentes apontam que setores fundamentais como construção, agricultura, tecnologia e hotelaria dependem fortemente da força de trabalho imigrante. Após a pandemia, a imigração tem desempenhado um papel crucial na recuperação econômica, preenchendo lacunas no mercado de trabalho e impulsionando o crescimento de diversas indústrias.
Para empresas e aqueles que buscam a regularização ou oportunidades nos EUA, o cenário continua favorável, desde que alinhado às regras legais do país. O Dr. Vinicius Bicalho reforça: “A força da imigração na economia americana é inegável, e não há indícios de que o governo queira enfraquecer isso. O foco está na segurança e no combate a práticas ilegais, mas a contribuição positiva dos imigrantes é reconhecida.”
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