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Introdução alimentar: conheça os diferentes métodos para seu bebê 

Mudança da amamentação para consumo de outros alimentos deve ser feita corretamente para não afetar o desenvolvimento da criança

(crédito: divulgação istock)

Agosto é dedicado a campanhas que priorizam a amamentação, por isso o mês é conhecido como Agosto Dourado. Até os seis meses de idade, o aleitamento materno é suficiente para satisfazer necessidades nutricionais dos bebês, mas após esse período novas necessidades surgem para o organismo do novo habitante do planeta.

Mesmo que o aleitamento seja muito recomendado até 2 anos de idade, ele precisa ser complementado após seis meses de nascimento com outros alimentos. Essa alimentação complementar, se feita de forma adequada, eleva a energia do bebê e também traz micronutrientes como ferro, zinco, vitamina A, cálcio e vitamina C.

Como os pequeninos não são capazes de perceber a importância dessa nova forma de alimentação, podem oferecer certa resistência. Por isso, é preciso planejamento dos pais para trazer essa introdução alimentar da melhor forma possível.

Caso essa adaptação alimentar seja feita de forma inadequada ou seja tardia, pode prejudicar o crescimento e a qualidade de vida do bebê, além de ocasionar diversos outros problemas. Por isso, mães, pais e responsáveis pelo pequenino podem se informar melhor com nutricionistas e podem também pesquisar mais sobre os três métodos comuns de introdução alimentar.

Método tradicional

Essa forma de alimentação consiste em nutrir o bebê com alimentos pastosos, as conhecidas papinhas, para que se acostume com a nova alimentação. Legumes, frutas e carnes podem ser cozidos até se transformar nessas papinhas, que devem ser servidas com a ajuda de uma colher ou um copo. 

Uma das vantagens desse método é possibilitar que os pais e outros responsáveis tenham o controle da quantidade e qualidade de alimentação do bebê. Dessa forma, é possível também controlar o ritmo da alimentação, evitando engasgos e sufocamentos. 

O ideal é que os alimentos batidos não sejam agrupados em uma única mistura homogênea – cada papinha deve ter o prato dela. A partir dessa alimentação, outros pratos podem ser introduzidos gradualmente, passando por pequenas tiras de alimentos até chegar a refeições consistentes.

Método Baby-Led Weaning (BLW)

O nome desse método pode ser traduzido como “desmame guiado pelo bebê”. Como o próprio nome sugere, o bebê tem uma participação mais ativa no método de desmame, fazendo escolha por alimentos. 

Nessa forma de nutrição, são entregues  pedacinhos de alimento nas mãos dos bebês para que eles conheçam a textura e as formas dos alimentos, e depois coloquem na boca. Geralmente, esses pequenos pedaços são na forma de bastões ou tiras.

O manuseio dos alimentos por parte dos bebês também pode melhorar o desenvolvimento cognitivo e motor deles, sendo mais do que uma forma de alimentação.

Método Introdução Alimentar Participativa

Esse método mistura os anteriores, tentando todas as práticas para identificar aquela que melhor se adequa às preferências do bebê. Ao mesmo tempo em que são oferecidas papinhas aos bebês, eles também são incentivados a manusear os alimentos e conhecer as texturas. 

O bebê tem certa autonomia nesse método, mas os responsáveis também podem controlar muitas etapas da refeição. 

Nessa prática, o bebê compartilha a mesa com os adultos, sentado em uma cadeira de alimentação. Comendo com a família, o novo membro conhece a diversidade de alimentos que aqueles familiares consomem. Isso torna a introdução alimentar um processo afetivo, responsável por criar boas memórias.  

Seja qual for o método escolhido, uma série de questões devem ser pensadas antes da definição, levando em consideração fatores como o tempo disponível para preparar os alimentos e acompanhar os bebês nas refeições, além da opinião de nutricionistas e pediatras.