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Mercado imobiliário segue como porto seguro em 2025, com destaque para Santa Catarina

O cenário econômico brasileiro segue em constante transformação, gerando inquietações sobre o futuro do mercado imobiliário. Com a retomada da atividade econômica, mas ainda com pressões inflacionárias e a taxa Selic em patamar elevado — já acima de 14%, com expectativa de atingir 15% até o final de 2025 —, uma dúvida persiste entre os investidores: o setor continuará sendo um porto seguro este ano?

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Para Luciano Duré, especialista em imóveis de alto padrão, a resposta é sim. Segundo ele, mesmo diante das incertezas macroeconômicas, o mercado imobiliário se mantém como uma das alternativas mais seguras e consistentes para quem busca proteção e valorização patrimonial.

“O setor imobiliário brasileiro já provou, ao longo de diferentes ciclos econômicos, sua capacidade de resistência. Mesmo com instabilidade política ou oscilações no cenário fiscal, os imóveis seguem entregando segurança e retornos estáveis”, afirma Duré.

Esse otimismo encontra respaldo nos números. De acordo com uma pesquisa recente do Datafolha, divulgada em fevereiro de 2025, 43% dos brasileiros planejam adquirir um imóvel nos próximos anos. Destes, 57% pretendem comprar dentro de três anos, e 24% já têm planos de compra ainda para este ano. Os dados indicam que, mesmo com juros altos, a demanda por imóveis permanece aquecida — especialmente entre os que enxergam no setor uma forma de preservar capital.

Apesar de um cenário de inflação controlada ao longo de 2024, o início de 2025 acendeu um sinal de alerta: somente em fevereiro, o IPCA registrou uma alta de 1,3%, pressionado por reajustes em alimentos e combustíveis. Esse contexto reforça a busca por ativos reais, como o imóvel, que historicamente oferecem proteção contra a perda do poder de compra.

Duré destaca que, além da valorização dos ativos, há um fator emocional envolvido:

“Investir em imóveis vai além da lógica financeira. É também sobre legado, segurança familiar e estabilidade. Isso faz com que a demanda permaneça sólida, mesmo em contextos desafiadores.”

Outro ponto decisivo para investidores, segundo Duré, é o recorte geográfico. Uma análise criteriosa da região é essencial para identificar oportunidades reais de valorização.

“Investir em áreas com alto potencial de crescimento e boa infraestrutura é uma estratégia eficaz para garantir boa liquidez e valorizações expressivas ao longo do tempo”, afirma.

Locais que recebem obras de infraestrutura, programas de revitalização urbana ou investimentos logísticos — como regiões portuárias ou polos do agronegócio — tendem a oferecer valorizações superiores a 30% ao ano, segundo estimativas de consultorias como a Brain Inteligência Estratégica e a Deloitte.

Santa Catarina é, hoje, um dos estados com maior valorização imobiliária do Brasil. Segundo o Índice FipeZap de fevereiro de 2025quatro das cinco cidades com o metro quadrado mais caro do país estão no estado — com destaque para Balneário Camboriú, Itapema, Florianópolis e Itajaí. Balneário, inclusive, alcançou a média de R$ 13.911/m², a mais alta do Brasil, ultrapassando bairros nobres de São Paulo e Rio de Janeiro.

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Além das belezas naturais e da alta qualidade de vida, o estado se destaca por sua infraestrutura avançada, economia diversificada, forte presença de indústrias, segurança pública acima da média nacional e um baixo índice de desemprego, fatores que continuam a impulsionar a procura por imóveis especialmente de alto padrão.

Luciano Duré reforça esse movimento:

“Santa Catarina vive um momento singular. Balneário Camboriú já alcançou um novo patamar de precificação, e cidades como Porto Belo, Penha e Barra Velha estão se consolidando como as próximas grandes apostas do setor de alto padrão”, diz.

“Estamos vendo um deslocamento estratégico de incorporadoras e investidores, que buscam antecipar o próximo ciclo de valorização.”

Essas cidades emergentes, embora ainda não liderem os rankings de preço por metro quadrado, têm atraído os olhares mais atentos do mercado justamente por oferecerem terreno fértil para valorização futura, com novos projetos, baixa densidade de ocupação e perfil de alto padrão.

Essa valorização contínua também se deve à mudança no perfil do comprador de imóveis de alto padrão. O público atual está mais exigente, buscando não apenas localização privilegiada, mas também experiências únicas de moradia, com foco em bem-estar, privacidade, contato com a natureza e design inteligente. Empreendimentos que oferecem diferenciais como áreas de lazer completas, tecnologia integrada, serviços personalizados e baixo impacto ambiental são os mais disputados do mercado.

Apesar dos desafios econômicos, o mercado imobiliário brasileiro — e especialmente o catarinense permanece como uma das alternativas mais sólidas e atrativas para investidores. A chave, segundo Luciano Duré, está em olhar para o médio e longo prazo, analisando com profundidade o potencial de desenvolvimento das regiões e acompanhando as movimentações do setor.

Com alta demandaprojetos inovadores e valorização consistente, o imóvel segue como símbolo de segurança, estabilidade e rentabilidade características que, em tempos de incerteza, são mais valiosas do que nunca.