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Minas Gerais assina memorando para evitar fraudes em vistos americanos

Advogada especialista em imigração alerta que apenas profissionais licenciados pelo governo americano podem atuar no auxilio a imigrantes que buscam visto

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) assinou hoje, 30 de outubro, um Memorando de Entendimento de cooperação com a embaixada americana no estado. Na prática, os dois signatários ampliam a cooperação nas investigações de suspeitas de atividades criminosas, como fraudes em vistos, passaportes e outros documentos. O impacto para os mineiros, que representam 25% do total de brasileiros residindo na América do Norte, pode ser grande. A advogada Liz Dell’Ome, fundadora da Dell’Ome Law Firm, escritório de advocacia sediado em Nova York especialista em imigração, aponta que um dos principais riscos para o candidato ao visto está na escolha do profissional que vai conduzir o processo de solicitação do visto.

Segundo Dell’Ome, é fundamental que os imigrantes busquem a assistência de escritórios de advocacia de imigração licenciados e regulamentados. A escolha de um representante qualificado não apenas aumenta as chances de um resultado positivo, mas também protege o candidato de riscos legais significativos. “Para muitos imigrantes, o processo de imigração é uma jornada emocionalmente e financeiramente desgastante, e sem um advogado devidamente autorizado para a prática do Direito nos Estados Unidos, o cliente, na maioria das vezes sem saber, pode estar exposto a uma série de perigos”, explica.

Escritórios de advocacia de imigração têm à frente da operação advogados licenciados, que passaram por anos de estudo, exames rigorosos e processos de certificação profissional, seguindo os mais altos preceitos e regras para garantir que estão aptos a praticar a advocacia nos Estados Unidos. Esses profissionais têm a responsabilidade ética e legal de representar seus clientes com competência, transparência, ética e integridade. Eles também são regulados por ordens de advogados estaduais, e associações profissionais, o que adiciona uma camada extra de responsabilidade e supervisão.

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Por outro lado, as chamadas consultorias, ou assessorias de imigração, sem advogados licenciados, muitas vezes oferecem serviços similares, como preenchimento de formulários, aconselhamento sobre processos de visto e até mesmo representação legal sem as devidas licenças profissionais. No entanto, essas consultorias não estão sujeitas aos mesmos padrões éticos e regulatórios que os escritórios de advocacia. A ausência de regulação pode levar a práticas arriscadas, erros críticos e, em alguns casos, fraudes diretas. Isso, por si só, representa um risco potencial aumentado para os clientes e potenciais imigrantes.

Por fim, a advogada explica que a total ausência de proteção legal é outro aspecto presente. Somente advogados licenciados podem oferecer proteção jurídica plena. “Consultores sem licença não têm o direito de representar clientes em processos legais, deixando-os vulneráveis e sem amparo, e muitas vezes, o problema aparece só depois que a pessoa já imigrou – e sim, um visto pode ser revogado e o imigrante pode responder criminalmente”, finaliza.

Sobre a Dell’Ome Law Firm:

Sediada em New York, a Dell’Ome Law Firm é especializada em transições de carreira internacionais, fornecendo suporte jurídico para profissionais que buscam oportunidades nos Estados Unidos. Especificamente na indústria automotiva, a Dell’Ome Law Firm se dedica a facilitar avanços de carreira bem-sucedidos e promover a mobilidade global de talentos.