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Minha trajetória, na moda e na alta costura mundial, reflete sonhos e esperanças

ANTÔNIO CLARET GUERRA
DIRETO DE LISBOA (PORTUGAL)

TONY MIRANDA: ESTILISTA INTERNACIONAL, POSSUI MAISON NA  AV. DA LIBERDADE

Antônio Claret Guerra entrevista famoso estilista internacional, quando entregou livro-brochura divulgativo do turismo de MG

Conte-nos, por favor, fatos pitorescos de sua epopeia, aos 16 anos, indo viver em Paris, saindo do território português via Chaves, na fronteira com a Espanha (Galícia), onde o JORNAL MG TURISMO esteve em maio.

A história, ou parte dela, como relato no livro que escrevi “Metade de mim“, reflete todos os sonhos e esperanças de um menino, que aos 13 anos sai de Portugal, faz 14 anos na viagem até França e começa a descobrir um mundo novo onde tudo pode ser possivel, pois querer é parte do caminho para conseguir.

Terão de ler o livro, que é uma autobiografia para descobrirem essa epopeia cheia de aventuras.

Temos ciência de seu extenso networking com personalidades do jet set internacional, o que, certamente, foi importante em sua extraordinária carreira na alta costura,  não somente da Europa, mas de todo o mundo Ocidental.

Fique à vontade de citar os amigos internacionais, mas destaque sua relação com o presidente do Gabão, Omar Bongo.

O presidente do Gabão, Omar Bongo, começou por ser meu cliente na maison, Ted Lapidus, tendo me seguido quando me estabeleci por conta própria em Paris.

Tornou-se um amigo, um irmão, alguem tão especial que não existem palavras que posssam descrever esta relação.

Nesta entrevista, não pode faltar, por favor, sua amizade e carinho por Brigitte Bardot.

O que pode nos contar, alguma confidência/inconfidência?

Quando conheci Brigitte Bardot, ela já era uma estrela, não só em França mas também a nivel mundial. Era sem duvida uma mulher lindissima e ela sabia disso.

A nossa relação foi estritamente profissional, estava a começar a minha carreira e ela intimidava pela sua beleza e postura. Posso dizer que irradiava luz e tinha um sorriso magnifico.

Agora é a vez de informar, aos leitores do JORNAL MG TURISMO, como foi, finalmente, conquistar e montar o atelier e loja em Paris, na Avenue de Suffen 61.

Abrir a minha primeira boutique no 61, Bis Avenue de Suffen, foi a realização e o começo efetivo da minha carreira, da minha independência pessoal, foi sem duvida a minha afirmação a solo, pois ate ai tinha já um precurso de moda mas sempre trabalhando para o nome de outros … A minha segunda boutique na Rue de Cambon 5, foi o passo seguinte na conquista de outro público, de outra etapa de vida.

A Rue de Cambon é especial, nela estão concentradas todas as grandes marcas com expressão em Paris e por tal também foi lá que me quis estabelecer, e onde consegui almejar e alargar o meu nome a outro público.

Para encerrar, como foi o retorno a Portugal, a Guimarães, onde abriu atelier em 1989, recebendo todas as justas honrarias de seus patrícios. E por fim, o que é, atualmente, a Alta Costura, no Ocidente e nos países do Oriente, onde seu prestígio é imenso?

Voltei anos mais tarde a Portugal por razões que nem a razão consegue desvendar.

Estaria a alargar-me em explicações que já coloquei no meu livro, sendo que para tanto quem quiser descobrir e estiver verdadeiramente interessado na minha historia terá de o ler.

A Alta Costura é a arte do exclusivo, ou “ L´art de la perfection” como prefiro chamar-lhe, é apenas a complexidade do simples, uma maneira de ser, de estar, de agir e viver, de um modo alargado em todos os sentindos.

Só se consegue vingar neste meio com o conhecimento da técnica do sigilo. A elevação e a com condensação de uma serie de detalhes que se completam e articulam entre si, onde o design exclusivo e a técnica da perfeição fazem a diferença.

Hoje em dia podemos dizer que existem cada vez menos clientes de alta costura, pois é um universo multissimo restrito, o cliente de alta costura veste-se sempre de acordo com esses padrões, em todas as horas do seu dia.

O mundo é agora um lugar digital, onde a ânsia de aparecer, de mostrar o que se tem e também o que não se tem ou se pode ter, mas que se gostaria de atingir ou ser se tornou uma banalidade.

O cliente de alta costura é discreto, simples na suas aparições, mas de uma sofisticação impar.

Costumo dizer, que numa sala cheia de gente, o especialmente simples só é notado, quando sai, pois a sala perde a elegância e sente-se que falta aquele “je ne sais quoi” que faz toda a diferença.

No Edifício Tony Miranda, em plena Av. Liberdade (a Champs Elissée de Lisboa), em momento de confraternização, Ozório Couto, Albertina Maniche (colaboradora Maison Tony Miranda), advogada (brasileira) Ana Cláudia Almeida, Suely e Antônio Claret Guerra, o famoso Tony Miranda, e a Diretora-Geral de seus empreendimentos, a simpática Ana Fidalgo, que dirige com muita eficiência, dedicação e carinho os negócios do estilista de prestígio mundial

FOTOS DIVULGAÇÃO/ABRAJET-MG