Dados encomendados pela fintech revelam que apesar de se preocuparem com gastos excessivos, mulheres confiam na segurança e praticidade de uma conta multimoeda fora do Brasil
As mulheres brasileiras estão viajando cada vez mais ao exterior e, na hora de fazer a conversão de moedas, a maioria delas (61%) dá preferência a uma conta global. Isso é o que mostra uma pesquisa encomendada pela Wise, empresa global de tecnologia que está construindo a melhor maneira de movimentar e gerenciar o dinheiro do mundo, e realizada pela Opinion Box.
Em todas as faixas etárias, a maioria das respondentes afirmou que essa é a primeira opção para converter e pagar despesas: Z com 48% (18 a 28 anos), Y com 51% (29 a 41 anos), X com 40% (42 a 58 anos) e Baby Boomers com 45% (59+ anos). “Isso está bem alinhado com o hábito de consumo que enxergamos na Wise. Inclusive, acrescento que, de maneira geral, elas costumam trocar o dinheiro para o câmbio do destino mais próximo do dia da viagem. Esse intervalo de tempo costuma ser menos de seis meses antes”, explica Helene Romanzini, gerente de Marketing de Produto da Wise.
É isso que acontece com a aposentada Kely Torres, 52 anos, que já viajou duas vezes ao exterior com o suporte de uma conta global. Ela começou a organizar suas finanças com um mês de antecedência para suas últimas viagens para fora do Brasil. “Esse tempo foi suficiente para mim, até porque a praticidade da conta global é gigante. Facilitou demais minhas compras e até mesmo saques de moeda local”, comenta.
Uma coisa, porém, preocupa essas mulheres no exterior: os gastos excessivos. Independente do contexto do passeio, as despesas previstas – e imprevistas – são preocupações das perfiladas. Nas últimas viagens internacionais, o que mais pesou no bolso delas foram os preços dos passeios turísticos (43%), as diárias dos hotéis (29%) e as taxas de voo e bagagens (25%).
O levantamento também revelou que, no momento de se informar sobre câmbio, formas de pagamento e outras moedas, as mulheres mais jovens (gerações Y e Z) tendem a procurar mais sobre o tema em plataformas digitais como sites, blogs e influenciadores. As mais velhas procuram por recomendação de amigos e agência de viagens.
“O público mais jovem está cada vez mais inserido no universo digital, tanto por entretenimento, quanto por pesquisa. Aqui, na Wise, nós também percebemos que convertemos clientes mais novos por nossas ações digitais, assim como os mais velhos costumam chegar por meio do boca a boca”, explica Helene.
Em sua última viagem ao exterior, Kely partiu para diferentes cidades na Europa, como Paris, Roma e Londres, e afirma que não teve perrengue financeiro: “Passei por quatro países nessa viagem e não tive contratempos. Foi uma experiência incrível, saí do Brasil com o cartão abastecido nas moedas que eu iria utilizar, não tive surpresas de taxas e IOF. O pagamento foi aceito em 99% dos locais e o principal: me senti muito segura em não precisar andar com dinheiro em espécie”.
“Notamos aqui na Wise um número crescente de mulheres com mais de 59 anos que estão viajando ao exterior. Assim como a pesquisa aponta, percebemos que elas são a geração que mais se preocupa (61%) com a estimativa dos custos gerais da viagem, seguidas da geração X, Y e Z, respectivamente. Nessa geração também notamos uma equivalência entre meios digitais e tradicionais na hora de se informar sobre o câmbio. Essas mulheres pesquisam tanto por recomendação de amigos, quanto por buscadores como o Google”, explica Helene.
Antes de conhecer as contas globais, em 2012, Kely viajou aos Estados Unidos e levou seu quantitativo de dólar em espécie. “Era muito burocrático e complicado, sem contar que eu me sentia insegura. Essas contas digitais transformaram como me relaciono com o dinheiro em minhas viagens para fora do Brasil”, comenta.
Para essas viagens internacionais, Kely planeja seus roteiros com pesquisas próprias e, em caso de dúvidas, recorre a agentes de turismo – refletindo justamente o que a pesquisa da Opinion Box traz em seus dados. Nos itinerários, a aposentada opta por priorizar pontos turísticos, gastronomia local e vida noturna.
Sobre a pesquisa
Durante o mês de abril de 2024, foram ouvidas mais de duas mil mulheres com 18 anos ou mais, das classes sociais ABC1 (acima de três salários mínimos) e que tiveram alguma vivência internacional nos últimos dois anos ou que pretendem viajar para o exterior nos próximos cinco anos.
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