Ela desenvolveu uma forma de comunicação de autistas não falantes (não verbais) por meio da Língua Brasileira de Sinais

A neuropsicopedagoga Janaine Santos de Assis Souza será uma das palestrantes do 3º Congresso Nacional de Saúde com Imersão ao Universo do Espectro Autista, no dia 28 de março, em Miraí (MG). O evento, promovido pela prefeitura municipal, reunirá profissionais da área da saúde e especialistas para discutir avanços e desafios no atendimento às pessoas autistas.
Natural de Cuiabá, Janaine é pedagoga, especialista em neuropsicopedagogia clínica e institucional, além de tradução, interpretação e docência em Libras. Também possui formação em Transtornos do Neurodesenvolvimento. No congresso, ela apresentará uma palestra de 45 minutos, onde abordará o método que desenvolveu para a comunicação de autistas não falantes (não verbais) por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
Janaine explica que sua abordagem foi desenvolvida com base em estudos aprofundados sobre comportamento e linguagem, em parceria com fonoaudiólogos, e que já vem sendo difundida em diversas partes do país.
“Vou apresentar um método do qual sou autora, que utiliza a Libras como meio de comunicação para autistas não verbais. Esse método foi desenvolvido de forma minuciosa, analisando comportamento, linguagem e evidências científicas. Ele tem semelhanças com métodos já utilizados nos Estados Unidos, que serviram de base para a criação e estruturação do meu próprio artigo e pesquisa”, explicou a especialista.
O congresso reunirá especialistas da área da saúde para debater práticas inovadoras e estratégias para aprimorar o atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Janaine destaca a importância de levar sua metodologia para um evento de tamanha relevância.
“Esse congresso é organizado por um grupo de médicos e abrange toda a área da saúde. Para mim, é uma grande honra representar minha cidade e meu estado em um evento dessa magnitude em Minas Gerais. É uma oportunidade de mostrar o quanto a comunicação alternativa pode transformar vidas e garantir mais inclusão para autistas não falantes”, ressaltou.
Ela explica que o desenvolvimento de estratégias de comunicação é um dos desafios no atendimento a pessoas com TEA, especialmente aquelas não verbais, que podem enfrentar barreiras significativas na expressão de suas necessidades e sentimentos. O uso de Libras como ferramenta de comunicação alternativa pode ser um avanço significativo para proporcionar mais independência e inclusão para essas pessoas.