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No ES, conheçam o melhor café do mundo

POR: GAL BERNARDO
ENVIADA ESPECIAL DO JORNAL MG TURISMO E DA ABRAJET-MG

O ponto alto do evento foi o Jantar Especial oferecido pelo Senac de Venda Nova, com o Chef Renato. O Jantar foi preparado em Aula Show, permitindo aos participantes aprender desenvolver as receitas e dicas da alta gastronomia.

Jornalistas de várias partes do Brasil degustaram o café especial e os produtos artesanais produzidos
na tradicional Fazenda Carnielli – Foto divulgação

No cardápio, Socol e Inhame, principais produtos da gastronomia de Venda Nova, município de perfil italiano, considerado a “Capital Nacional do Agroturismo” – modalidade do turismo rural, que tem como principal característica ser um complemento econômico da agricultura familiar, não excluindo as práticas agrícolas, que permanecem como a principal fonte de renda.

O Jantar contou com a presença de autoridades do setor, como o Secretário de Gabinete de Venda Nova do Imigrante, Marco Grillo, que, em seu pronunciamento, falou sobre a História do Turismo de Venda Nova, destacando as atividades de Aventura, os cafés de qualidade e o Socol, embutido de lombo suíno defumado, amarrado numa rede elástica e curtido de 03 a 06 meses, protegido do sol.

Em nome da Instância de Governança Convention Bureau, falou o coordenador e pesquisador na área de melhoramento genético, Jandir Gratieri. Segundo ele, “a gastronomia é uma riqueza e temos que pesquisar e avançar muito”.

Além do socol, os pratos principais do Jantar do Senac foram à base de inhame, cuja culinária registra mais de 40 pratos. Conforme Gratieri, “o inhame tem uma grande história aqui em Venda Nova, chegou ao Brasil em 1600 com Pero Vaz de Caminha, de Portugal”.

O Chef Renato, além de diversos produtos do agroturismo, trabalhou artefatos de inhame com muita sabedoria. A estrela da festa foi a “Inhamada”, preparada com ingredientes como azeite de abacate, cebola roxa, alho, carne seca e páprica defumada.

Tudo produzido nas montanhas capixaba. Não faltou o Rizone de Socol e a conduta de resteio (queijo). Experimentamos mais de 20 variedades, até mesmo a sobremesa foi o delicioso sorvete de inhame com caramelo salgado de café. Sucesso total.

FAZENDA CAMOCIM

A Fazenda Camocim fina no município de Domingos Martins e é famosa por produzir o Café do Jacu, cultivado sem interferência do homem. O proprietário da Fazenda, empresário Henrique Sloper Araújo desde 2006 começou a produzir o Café do Jacu, de produção exclusiva da Fazenda Camocim, feito a partir das seleções dos melhores grãos de café feitas pelo Jacu.

O jacu escolhe os melhores frutos para sua alimentação e, após uma rápida digestão, expele os grãos, que são limpos e tratados, dando origem ao melhor café do mundo.

“Atualmente, 80% do café vai para países como França, Japão, Austrália e Estados Unidos, distribuído em marcas diferenciadas de restaurantes, hotéis e cafeterias de excelência” – explica o fazendeiro Henrique, que é neto do fundador da Camocim, Olivar Araújo, superintendente do Grupo Casa Sloper e um dos fundadores de Aracruz Celulose.

ORIGEM DO JACU

O jacu é um animal semelhante a uma galinha de rabo e asas compridas, que frequenta a Fazenda Camocim em bandos, comendo os melhores frutos do café e destruindo as plantações.

O atual proprietário, Henrique Sloper, resolveu estudar o aproveitamento dos grãos selecionados do jacu para produzir o exótico café. Investiu e estudou o processo que deu origem ao Café do Jacu, um produto altamente diferenciado, de altíssima qualidade e alto teor de pureza, pois o jacu morre se comer o café com qualquer tipo de toxina. Na Fazenda Camocim, o jacu é criado solto, livre.