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Novembro negro: memória das raízes afro-brasileiras para incrementam o turismo

Conheça locais que transformam história, hábitos e cultura em ricas experiências no afroturismo

Com a sua vasta mistura de etnias e culturas, o Brasil tem um leque de destinos com ricas opções de afroturismo do Norte ao Sul do país. São locais que não contam apenas histórias, mas oferecem experiências que transformam a maneira como percebemos nossa própria cultura. Ao contrário de roteiros convencionais, o afroturismo convida os viajantes a emergirem nas tradições, saberes e diversidade, apresentando a quem visita esses locais, contribuições significativas da comunidade negra para a memória do país.

Nesse contexto, o afroturismo, surge para destacar e fortalecer a cultura negra como um movimento cada vez mais significativo no setor turístico. Confira as dicas do MTur e embarque nesses destinos cheios de história e raízes afro-brasileira.

BAHIA – Salvador (BA), considerada a capital Afro no Brasil, é uma cidade repleta de história e um ponto imperdível para quem deseja conhecer os marcos turísticos que representam a população negra. O Pelourinho, símbolo da capital, ressignifica a história de punições a escravizados por meio do turismo, permitindo aos visitantes compreender mais sobre o passado e o legado deixado pelos negros. Além disso, a cidade oferece oportunidades de vivenciar a cultura afro-brasileira, incluindo visitas a museus, igrejas e celebrações de eventos religiosos e turismo de base comunitária com foco na cultura afro.

RIO DE JANEIRO – A capital fluminense é uma cidade que, historicamente, preserva as raízes do povo negro. Assim como Salvador, o Rio de Janeiro foi palco de lutas contra a escravidão, especialmente na zona portuária, conhecida como pequena África. Pontos como a Pedra do Sal e o Sítio Arqueológico Cais do Valongo são paradas essenciais para quem busca uma experiência de afroturismo, proporcionando um mergulho na rica herança cultural negra.

MARANHÃO – A cultura dos bairros Liberdade, Diamante, Fé em Deus e Camboa, que juntos formam a área do maior quilombo urbano da América Latina, formam o roteiro ‘Quilombo Cultural de São Luís’, com o mapeamento e visitação de barracões do Bumba Meu Boi, uma das maiores manifestações culturais do Maranhão, casas religiosas de matriz africana, casas de reggae, um dos ritmos mais escutados no estado, casas de Tambor de Crioula, e também sedes dos blocos afro e blocos tradicionais, mais duas expressões culturais muito fortes em São Luís.

ALAGOAS – Uma parada obrigatória é no símbolo da resistência contra a escravidão: Zumbi dos Palmares. União dos Palmares, em Alagoas, abrigou o maior quilombo brasileiro durante o período colonial, o Quilombo dos Palmares. Hoje, esse local é um patrimônio histórico tombado, possuindo um Parque Memorial que conscientiza os visitantes ao explorarem o espaço, situado a 80 km da capital Maceió.

MINAS GERAIS – Ouro Preto, conhecida por sua exploração de ouro, também desempenhou um papel crucial na história dos escravizados. A cidade, que abriga construções históricas que oferecem aos turistas a oportunidade de explorar não apenas as estruturas físicas, mas também as tradições e a cultura que foram moldadas pela inteligência africana.

PROVENDO O AFROTURISMO: Com um papel fundamental na inclusão da população negra no turismo brasileiro, a Diaspora.Black, fundada no final de 2016, transformou o mercado turístico brasileiro, criando um negócio de impacto social com a missão de promover o conhecimento de lugares, pessoas, histórias e patrimônios da população negra.

Empenhado com a promoção do turismo de vivências educativas e do turismo consciente, o grupo trabalha com escolas, empresas e organizações da sociedade civil através de city tours, hospedagem, atividades online (cursos e eventos) e treinamentos. Com diversas opções de atrativos culturais, em mais de 150 cidades no Brasil e diversos outros países, a startup reúne o melhor do turismo e da cultura negra.
 

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Crédito da foto: Pixabay