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Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta obras clássicas de Tchaikovsky, Max Bruch e António Fragoso em concerto com participação de pianistas portugueses

Concerto conduzirá o público a diversas épocas e estilos musicais, destacando obras de compositores marcantes para a música clássica

Sinfônica ao Meio-Dia

Data: 23 de abril (terça-feira)

Horário: 12h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação indicativa: 10 anos

Entrada gratuita

Concertos da Liberdade – “Tchaikovsky, Bruch e Fragoso: dois pianos e a Orquestra”

Data: 24 de abril (quarta-feira)

Horário: 20h

Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes

(Av. Afonso Pena, 1537, Centro, Belo Horizonte)

Classificação indicativa: 10 anos

Valor dos ingressos: R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada

Informações para o público: (31) 3236-7400

Três obras que, para além de sua grandiosidade musical, evidenciam a riqueza histórica e humana por trás do repertório de concerto, proporcionando aos espectadores uma viagem através de diferentes épocas e estilos musicais. A Orquestra Sinfônica de Minas Gerais (OSMG), sob regência da maestra Ligia Amadio, interpreta um programa composto pela “5ª Sinfonia” de Tchaikovsky, “Concerto para dois pianos e orquestra”, obra de Max Bruch, que será apresentada pela primeira vez no Brasil, e “Nocturno em mi bemol maior”, composta por António Fragoso. A apresentação ocorre na quarta-feira (24/4) às 20h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes, e contará com a participação dos renomados pianistas portugueses Artur Pizarro e Bernardo Santos, dentro das comemorações dos 50 anos da Revolução do Cravos – que devolveu a democracia ao país após décadas de regime autoritário. Os ingressos, que já estão à venda no site, têm preços populares: R$30 a inteira e R$15 a meia-entrada. No dia anterior ao concerto, terça-feira (23/4), às 12h, será apresentada ao público mais uma edição do projeto “Sinfônica ao Meio-Dia”, com parte do programa e entrada gratuita.

Na “5ª Sinfonia” de Tchaikovsky, cada um de seus quatro movimentos possui uma atmosfera distinta e transmite uma variedade de sensações, como melancolia, esperança, introspecção e triunfo. Composta entre maio e agosto de 1888, é uma manifestação da maestria do autor em transmitir sentimentos complexos através da música. Já o “Concerto para dois pianos e orquestra”, de Bruch, foi inicialmente escrito para órgão e orquestra, e posteriormente adaptado pelo próprio compositor. A obra reflete ecos de Bach e Brahms e, assim como a “Sinfonia nº 5”, transporta o público por diversos sentimentos ao longo dos quatro movimentos, com um final festivo. Por fim, o “Nocturno em mi bemol maior”, uma das composições mais famosas de Fragoso, possui uma atmosfera nostálgica e demonstra a habilidade do autor em combinar diferentes influências musicais, incorporando elementos de Chopin, Rachmaninov e Debussy.

O Ministério da Cultura, o Governo de Minas Gerais e a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, apresentam “Tchaikovsky, Bruch e Fragoso: dois pianos e a Orquestra”. As atividades da Fundação Clóvis Salgado têm Patrocínio Master da Cemig e Instituto Cultural Vale, Patrocínio Prime do Instituto Unimed-BH e da ArcelorMittal e correalização da APPA – Cultura e Patrimônio. Governo Federal, Brasil. União e Reconstrução.

Uma viagem pela música clássica europeia – Talentoso pianista e compositor, António Fragoso aprendeu a compor de maneira autodidata, e sua paixão pela música romântica influenciou suas primeiras obras. Durante seu último ano no Conservatório Nacional de Lisboa, Fragoso dedicou-se à orquestração do “Nocturno”, com o desejo antigo de vê-lo interpretado por uma orquestra. Seu amigo David de Souza, maestro da Orquestra Sinfônica Portuguesa, havia prometido realizar esse sonho. Infelizmente, isso não chegou a acontecer: em 1918, os dois amigos foram vítimas da gripe pneumônica, que causou milhares de mortes em Portugal naquele ano. Como uma homenagem ao desejo de Fragoso, o “Nocturno” será a primeira obra a ser interpretada pela Orquestra Sinfônica de Minas Gerais no dia 24 de abril.

Em seguida, Artur Pizarro e Bernardo Santos sobem ao palco para uma interpretação do “Concerto para dois pianos e orquestra”, de Max Bruch. Esta obra foi inicialmente concebida em 1911, após o compositor alemão ficar encantado com o talento das pianistas estadunidenses Ottilie e Rose Sutro, e a história por trás da composição acrescenta uma camada adicional de fascínio: as irmãs Sutro modificaram a obra para se adequar às suas habilidades, e os fragmentos da partitura original só foram redescobertos décadas depois, após a morte das duas, permitindo a reconstrução da versão original de Bruch, que, até 1973, nunca havia sido tocada, e permanece inédita no Brasil. “É um concerto belíssimo – aliás, de todos os que já toquei com a orquestra, é um dos que mais está dando gosto de estudar e ensaiar. Este concerto vai crescendo ao longo de cada movimento e, mais que tudo, é uma obra muito fácil de escutar, muito fácil de seguir e muito fácil de gostar”, diz Bernardo Santos.

“É a primeira vez que eu vou estar em um palco com orquestra em que não sou o único solista, e não podia estar mais feliz por tocar com Artur Pizarro, que é o nosso maior pianista português atualmente e alguém que admiro há muitos anos. De certa forma, este concerto é um concretizar de várias vontades e uma grande oportunidade que me foi dada de estar em palco novamente com a Orquestra Sinfônica de Minas, pela qual tenho um grande carinho”, conta Bernardo. O pianista já se apresentou duas vezes no Palácio das Artes, nos anos de 2019 e 2020. “Tenho ótimas memórias das duas apresentações, mas lembro-me especialmente do concerto de 2020, com um programa de Beethoven e o fantástico Coral Lírico. Costumo dizer que o meu concerto, no dia 11 de março de 2020, com a Sinfônica de Minas, foi o último grande concerto sinfônico do mundo pré-pandêmico”, relembra.

Bernardo Santos – Crédito Duktus Sound Studio

Para encerrar a noite com grandiosidade, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais apresenta a icônica “5ª Sinfonia”, de Tchaikovsky. Durante a Segunda Guerra Mundial, a obra, com seu tema de “vitória final através do conflito”, ganhou imensa popularidade. Uma das execuções mais marcantes da peça ocorreu no início do Cerco de Leningrado. A Orquestra Sinfônica da Rádio de Leningrado foi convocada para tocar, a fim de manter a moral da população. No dia 20 de outubro de 1941, o concerto com a “Sinfonia nº 5” foi transmitido ao vivo para Londres. Em um momento histórico para a música clássica, os músicos continuaram tocando, com o ritmo inabalável mesmo em meio ao conflito. Embora inicialmente tenha enfrentado ressalvas da crítica, a “5ª Sinfonia” hoje é aclamada como uma das mais significativas obras do repertório sinfônico, destacando-se como um dos grandes legados deixados por este compositor que tanto contribuiu para a música russa e mundial. “Este concerto é uma verdadeira celebração da música clássica e da habilidade técnica dos músicos da nossa orquestra, que serão acompanhados pelos talentosos Artur e Bernardo, sob a regência impecável da maestra Ligia. Além disso, é uma honra para o Palácio das Artes ser o palco da primeira interpretação brasileira do ‘Concerto para dois pianos e orquestra’, de Max Bruch”, conclui Claudia Malta, diretora artística da Fundação Clóvis Salgado.

FUNDAÇÃO CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação, formação, produção e difusão da arte e da cultura no Estado, a Fundação Clóvis Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera e teatro, constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais – e Serraria Souza Pinto, espaços geridos pela FCS.  A Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de Formação Artística e Tecnológica (Cefart). A Fundação Clóvis Salgado também é responsável pela gestão do Circuito Liberdade. Em 2020, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um espaço de todos e para todos.

ORQUESTRA SINFÔNICA DE MINAS GERAIS – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado (FCS), a partir da realização dos projetos Concertos da Liberdade – Sinfônica ao Meio-Dia e Sinfônica em Concerto –, Concerto nos Parques e Sinfônica Pop, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, além de grandes sucessos da música popular. Ligia Amadio é a sua atual regente titular e diretora musical.–