Geleiras, montanhas, parques pré-históricos e cidades bucólicas fazem parte de uma das regiões mais bonitas do mundo
A Patagônia é uma das regiões mais enigmáticas e belas do globo terrestre. Tão extensa e com tantos biomas diferentes, a Patagônia abrange dois países distintos: Argentina e Chile. Dentro de seus mais de 800.000 km² de extensão podemos encontrar desertos áridos e gelados, cadeias de montanhas, florestas temperadas, geleiras e fiordes.
A Patagônia argentina contém a maior quantidade de geleiras do mundo fora das zonas polares e a maior parte do bioma desértico. Já o lado chileno (que fica do outro lado dos Andes) é dominado pela floresta temperada. A parte argentina da região é mais povoada, possui mais cidades e mais infraestrutura, enquanto a região chilena é mais isolada, com poucas cidades e infraestrutura mínima.
O termo “Patagônia” vem da palavra “patagões”, que significa “pés grandes” – este adjetivo foi cunhado pelos colonizadores europeus, por conta das grandes botas que os nativos tehuelches usavam para proteger os pés da neve.
Pensando na região argentina da Patagônia, alguns dos pontos turísticos são imperdíveis.
Cueva de las Manos
A Cueva de las Manos (ou Caverna das Mãos, em tradução livre) é um dos pontos altos do sítio arqueológico da Província de Santa Cruz. Situada entre as cidades de Perito Moreno e Bajo Caracoles, o sítio abriga pinturas rupestres de mãos, animais e cenas de caças feitas por nativos no período entre 13.000 e 9.500 a.C (na época em que ainda existiam tigres-dentes-de-sabre e mamutes pelo mundo).
Hoje, a Cueva de las Manos é protegida como Patrimônio Mundial Cultural da Humanidade pela Unesco e está aberta à visitação, com guias para contar todas as histórias sobre a vida nativa pré-histórica da região.
Bariloche
Uma das cidades mais famosas da Argentina, Bariloche fica na entrada norte da região da Patagônia. A cidade possui cerca de 130 mil habitantes e é fruto da imigração alemã e austríaca para a região, que é muito refletida na culinária e arquitetura da cidade. A cidade de Bariloche é conhecida pela abundância de hotéis de luxo e pousadas.
É possível se dirigir até o Cerro Catedral, uma das estâncias de esqui mais famosas do país, além de visitar o Cerro Campanário e o Cerro Otto, duas grandes montanhas nevadas com trilhas e mirantes para os visitantes que buscam mais contato com a natureza.
Ushuaia
Já no extremo sul da região encontramos a cidade de Ushuaia, a cidade mais ao sul do mundo antes de chegar à Antártica, também conhecida como “Cidade do Fim do Mundo”. Ela fica a mais de 3.000 km de distância da capital argentina, e pode ser acessada de carro, avião — com voos partindo de Buenos Aires e Bariloche — e barco.
Uma das principais atrações da região é a observação de baleias em barcos turísticos que saem do porto da cidade, bem como a visita a icebergs da região e a ilhas repletas de focas e leões-marinhos.
Parque Nacional dos Glaciares
Ainda no turismo ecológico da região, um destino imperdível é o Parque Nacional dos Glaciares. Essa região é conhecida por abranger algumas das maiores geleiras do mundo, como o Glaciar Viedma, que possui cerca de 20 km² de área e deságua no Lago Viedma, no qual grandes blocos de gelo se desprendem pela abertura de quase 2 km da boca da geleira.
Além das geleiras, é possível visitar a cidade de El Chaltén, o centro argentino de trekking. O pequeno município fica na base da Cordilheira dos Andes, e de lá é possível escolher dezenas de trilhas para caminhada no meio das montanhas – várias dessas trilhas são voltadas para o público experiente em caminhadas e escaladas longas, porém existem percursos mais curtos e guiados para quem não possui experiência na área. Uma das joias da região é alcançar a montanha Fitz Roy, cujo cume se ergue a mais de 3.400 metros de altura.
Villa La Angostura
Para quem busca um ambiente bucólico e boa comida, Villa La Angostura é o destino certo. A pequena cidade de 7 mil habitantes fica a 80 km de Bariloche, e é repleta de pequenas pousadas, ruas estreitas, florestas intermináveis e um grande lago de águas cristalinas – ao todo, a cidade parece ser um recorte de um conto de fadas.
O centro da cidade é famoso pelos cafés e restaurantes, além dos passeios de barco no lago e em suas margens – os mais corajosos podem até se banhar nas águas geladas – e da estação de esqui local.
