A Prefeitura de Belo Horizonte participou nos dias 12 e 13 de junho da 2ª Feira Internacional sobre Destinos Turísticos Inteligentes (DTI) – Turismo 360, evento que aconteceu em Montevidéu, no Uruguai. A metodologia trabalhada na agenda incentiva que as cidades atuem de forma inovadora e sustentável e se comprometam com a qualidade de vida dos moradores e a experiência dos turistas. Representando a capital mineira, o diretor de Políticas de Turismo e Inovação da Belotur, Marcos Boffa, mediou um painel sobre economia circular e futuro sustentável, dando destaque especial às iniciativas realizadas na cidade.
A Feira teve como objetivo principal divulgar o modelo DTI, os conceitos que o sustentam, bem como posicionar o tema dentro do campo acadêmico e da gestão turística. A agenda proporcionou momentos de aprendizado, transferência de conhecimento e troca de experiências e boas práticas entre especialistas do Uruguai e da Rede Iberoamericana.
Durante os dois dias de seminário, foram abordados temas relevantes como turismo, governança, sustentabilidade, inteligência turística, tecnologia, inovação e acessibilidade. A segunda edição do evento contou com uma feira para expositores de destinos e empresas vinculadas ao turismo, espaços para apresentações, oficinas, entrevistas e ativações em vários pontos da capital uruguaia. O evento também sediou a reunião plenária da Rede Ibero-Americana de Destinos Turísticos Inteligentes, da qual Belo Horizonte faz parte como membro titular.
O espaço destacado concedido à capital mineira é fruto do reconhecimento do trabalho realizado pela Belotur nos últimos anos, por meio do programa ‘Belo Horizonte Destino Turístico Inteligente’, e de sua colaboração ativa na rede. A participação no evento se mostrou uma oportunidade alinhada às ações desenvolvidas pela empresa municipal, como a elaboração do plano de transformação digital, em conjunto com o Instituto Ciudades del Futuro e Ministério do Turismo, e com a seleção de Belo Horizonte no ‘Programa Turismo Futuro Brasil’, iniciativa do Sebrae e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
“Belo Horizonte, desde 2017, vem trabalhando com essa importante metodologia, que além das boas práticas de inovação, sustentabilidade e acessibilidade, permite articular a governança de forma a valorizar a transversalidade das políticas públicas para o desenvolvimento do turismo nos destinos. A cooperação entre diversos setores público, privado e academia, é fundamental para a implementação desse modelo que conta atualmente com uma rede em construção composta de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Recife, Curitiba, Brasília, São Luís, Foz do Iguaçu, Florianópolis, Gramado, entre muitos outros”, comenta Marcos Boffa.
Importante destacar que Montevidéu é referência na América Latina nos trabalhos do modelo DTI, por incorporá-lo como diretriz transversal em sua política pública municipal, demonstrando sua importância para a gestão turística e pesquisa. Voltado para estudantes, professores, investigadores e empreendedores, o evento contou com a presença de profissionais do Uruguai, Argentina, Brasil, Espanha, Peru, Cuba, Colômbia e México.
Destino Turístico Inteligente
O conceito de Destino Turístico Inteligente (DTI) foi criado na Espanha, em 2012, pela Sociedade Mercantil Estatal para a Gestão de Inovação e Tecnologias Turísticas – Segittur, e se inspira nas Smart Cities. Ele é pautado em nove eixos, que vão da governança à sustentabilidade, passando pela inovação, tecnologia, promoção/marketing, criatividade, mobilidade, segurança e acessibilidade.
Um destino inteligente é um destino turístico inovador, consolidado numa infraestrutura tecnológica de ponta, que garante o desenvolvimento sustentável do território turístico. Acessível a todos, facilita a interação e integração dos visitantes com o ambiente e melhora a qualidade da sua experiência no destino.
Em 2021, o Ministério do Turismo iniciou o projeto-piloto “Modelo DTI Brasil”, adaptando a metodologia espanhola à realidade brasileira. Para isso, assinou uma parceria com o Instituto Cidades do Futuro (ICF), criado pela Fundação Cidade de La Plata, que promove um método para planejamento comunitário e de destino turístico inteligente na Argentina e na América Latina.
No ano seguinte, a Belotur iniciou a implementação da metodologia em Belo Horizonte. Desde então, a cidade se tornou membro titular da Rede Ibero-Americana de Destinos Turísticos Inteligentes e foi selecionada para integrar o “Programa Turismo Futuro Brasil”, iniciativa do Sebrae e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). BH foi uma das 12 cidades brasileiras selecionadas, entre as 300 inscritas, para receber assessoria personalizada na elaboração de instrumentos de planejamento e implementação de ações-chave que devem ser aderentes ao sistema DTI.
