Embora o ano de 2025 esteja relativamente longe, inúmeros municípios paraenses já registram efeitos decorrentes da realização da COP 30, especialmente a capital paraense (Belém) onde órgãos ligados ao Turismo, prefeitura e entidades que compõem o trade neste segmento demonstram interesse em sair do marasmo e partirem para ações concretas e objetivas. Entre eles o COMTUR (Conselho Municipal de Turismo), que na sua última reunião, realizada na Associação Comercial do Pará (ACP) deixou claro a intenção do referido órgão municipal em abordar alguns pontos que merecem atenção para evitar surpresas desagradáveis por ocasião do mega evento.
A presidente da Associação Comercial do Pará (ACP), Elizabete Grunvald, ao enfatizar que não há tempo para se perder com discussões sobre problemas crônicos já analisados, foi direta ao afirmar que é preciso fazer diagnósticos sobre situações importantes e elaborar projetos bem feitos. “Dinheiro vai ter. O que é preciso são projetos. O ideal será um Plano nacional de Turismo para a Amazônia”, acrescentou.
Assim como na reunião do COMTUR, que tem à frente o empresário Joy Colares, o foco das reflexões e debates foi a COP 30, sendo consenso quanto à necessidade de ser realizado um trabalho que resulte em ações concretas e objetivas, em outros segmentos do trade turístico as abordagens são uma constante e ações estão em curso para que a comunidade belenense e, por tabela, os habitantes nos demais municípios enumerem as dificuldades ainda existentes e se unam para que a Conferência do Clima das Nações Unidas não seja apenas mais um mega evento, de cunho mundial. Que o Pará e, especialmente Belém, não sejam apenas “uma cidade e um Estado onde aconteceu a COP 30”, como disse o governador paraense Helder Barbalho, que conclamou a todos que busquem oferecer uma recepção de alto nível aos visitantes que venham ao Pará deixando, um legado histórico à Amazônia.
Várias ações visando à melhoria da infraestrutura da “cidade das mangueiras”, nos setores ambientais, mobilidade urbana, entre outros, demonstram mudanças no visual do município. As obras para construção do Parque da Cidade, local que será o maior receptivo da COP, estão estimadas em R$ 390 milhões e devem ser custeadas pela iniciativa privada. Além disso, também serão realizadas obras no Porto de Belém. A Conferência do Clima da ONU é o maior evento do mundo dentro dessa temática. Na reunião, chefes de Estado e de governo, pesquisadores, ambientalistas e empresários discutem medidas de enfrentamento às mudanças climáticas. A realização de um evento do porte de uma COP vai exigir um “grande esforço” da cidade-sede e do país. Segundo o secretário de Clima, Energia e Maio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores (MRE), André Corrêa Lago, são esperadas dezenas de milhares de pessoas em Belém.