Em um mundo onde o ritmo acelerado muitas vezes sobrecarrega corpo e mente, uma tendência emergente vem conquistando os viajantes em busca de uma pausa merecida, valorizando o sono, o descanso, o dormir bem.

A indústria do turismo do sono se vende como uma espécie de oásis para os exaustos, um retiro onde se aprende a dormir e a entender a importância disso.
De acordo com a pesquisa Hilton Trends Report de 2024, com mais de 10 mil viajantes de nove países, a principal tendência de viagem será o “turismo do sono”, para “descansar e recarregar energias” nos hotéis. E essa nova moda influencia desde a escolha dos destinos até a hora de fazer a mala.
No lugar de hotéis com piscinas e restaurantes, os turistas estão preferindo atividades que os ajudem a ter uma boa noite de sono – sobretudo a Geração Z.
Uma análise de outubro 2023 da HTF Market Intelligence estima que o mercado do turismo do sono, avaliado em US$ 640,9 bilhões, deve crescer 7,9% e mais de 400 bilhões de dólares até 2028.
Em todo o mundo, outros hotéis urbanos e remotos estão levando esta iniciativa adiante.
O Hotel Cadogan, em Londres, tem seu próprio serviço de Concierge do Sono. Ele foi desenvolvido em associação com a hipnoterapeuta e especialista em sono Malminder Gill, que mantém um programa de meditação guiada do sono. O Hotel Mandarin Oriental de Genebra, na Suíça, oferece um pacote de três dias, em conjunto com uma clínica do sono particular. Ele inclui o estudo dos padrões de sono dos hóspedes e a criação de programas de sono individuais. Na Tailândia, em meio à floresta tropical da Costa Real, o naturopata residente do resort Chiva-Som Hua Hin irá orientar você sobre tudo o que pode afetar o ritmo circadiano, desde a alimentação até os hormônios. E o Resort do Bem-Estar Carillon, de Miami, nos Estados Unidos, usa tecnologias eletromagnéticas e infravermelho para induzir seus hóspedes ao sono.
Stella Photi, fundadora da empresa de férias Wellbeing Escapes diz que “Tentamos incorporar elementos das culturas locais aos nossos programas de sono”, ela conta.
“Em países budistas, como a Tailândia ou o Sri Lanka, oferecemos meditação e mindfulness. Na Índia, tratamentos ayurvédicos usam ervas cultivadas localmente. E, na Itália, caminhadas guiadas por vinhedos fazem parte de um programa de atividades promotoras do sono.”