Notícias

Viagens corporativas: em 2023, hospedagem foi o que mais subiu e pesou no bolso das empresas

Apesar da alta generalizada das passagens aéreas, trechos corporativos mais frequentes tiveram queda de 2,5% enquanto hotéis apresentaram alta de 12%; dados são de pesquisa realizada pela traveltech Onfly

Divulgação

Com quase 140 mil passagens emitidas ao longo do último ano, a traveltech Onfly, cuja plataforma oferece a empresas uma experiência de gestão de viagens e despesas corporativas, detectou uma leve queda de 2,53% no ticket médio gasto com passagens aéreas: de R$ 1.895 em 2022 para R$ 1.847 em 2023. No que diz respeito às hospedagens, o ticket médio subiu de R$ 647 para R$ 724 no mesmo período, um aumento de 11,9%.

“Muito tem se falado do aumento das passagens aéreas, mas quando falamos de viagens a negócios, o cenário é um pouco distinto. Via de regra, os preços pagos pelas corporações costumam ser mais elevados do que a média por não existir a mesma antecedência que há quando nos programamos para as férias. Mas a leve queda nos tickets, contrastando com o aumento da estadia, nos surpreendeu”, afirma Marcelo Linhares, CEO e cofundador da Onfly.

Quase metade das passagens aéreas e reservas nos hotéis foram efetuadas com até 15 dias de antecedência. Em 2023, 23% das compras foram efetuadas entre dois e sete dias anteriores à partida e 22% entre oito e 15 dias. Em 2022, foram 26% e 24%, respectivamente.

“Ainda que com uma diferença sutil, as empresas acabaram deixando ainda mais para a última hora e, dessa vez, isso pesou mais no quesito hospedagem”, pontua Linhares. No geral, o tempo médio de antecedência na compra das passagens subiu de 19 para 22 dias de um ano para outro.

São Paulo segue sendo o principal polo de eventos corporativos. Os voos para a capital paulista partiram, sobretudo, de Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Curitiba. Em geral, os executivos passaram três dias na cidade de destino, média que se equipara à do ano anterior.

Ao que tudo indica, 2023 será um ano recorde para o setor de viagens corporativas. De acordo com a Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas), entre janeiro e outubro, o faturamento do setor somou R$ 11,3 bilhões, montante que supera todo o ano de 2022 e se aproxima dos R$ 12,6 bilhões alcançados ao longo de 2019, pré-pandemia. A expectativa da associação é que o fechamento do ano ultrapasse a marca de R$ 13 bilhões.