Cabo Verde é privilegiada porta de entrada da África

Entrevista com Pedro Gouveia, Consultor de Marketing/Comercial para o continente Africano | Fundador e Partner da New Business/Comunication/Partners

Qual o objetivo da realização do New Economy World?

No desenho deste projecto, identificámos que no contexto econômico actual, quando analisadas as relações comerciais entre o Brasil – Mercosul e Cabo Verde – CEDEAO, existiam um conjunto de oportunidades de negócio e de intensificação de relações profissionais que não estavam, em nosso entender, a serem devidamente exploradas.

 O New Economy World, com a sua proposta de reunir na Ilha do Sal em Março do próximo ano de 2023, pretende contribuir para essa aproximação, convidando empresários brasileiros a conhecer instituições e empresas africanas, de destaque e relevância para diversos sectores de negócio, que passam pelo import-export, sector HORECA, Tecnologia, Agro-alimentar, Petróleo, Minérios, Gás, entre outros. Ambicionamos nos tornar no evento de referência que relaciona económica e profissionalmente, África ao Brasil – América Latina, com um pé em Portugal e Europa.

Esta será a primeira conferência de alto nível, neste contexto e com este propósito bem identificado, que iremos replicar todos os anos em diversos países africanos, consolidando o New Economy World como o evento a estar, para quem deseje fazer negócios em África.

Por que a escolha de Cabo Verde para a 1ª. edição do NEW – New Economy World?

Entendemos Cabo Verde como uma porta de entrada privilegiada no continente africano, nomeadamente no que respeita os países e a comunidade associada à CEDEAO, que cobre essencialmente toda a Costa do Ouro, entre a Nigéria e o Senegal. Cabo Verde, recordamos, destaca-se no contexto africano, pela estabilidade das suas instituições, quer políticas, como financeiras, pela atratividade e incentivo ao investimento estrangeiro e pelas excelentes condições que proporciona aos investidores externos. 

Que benefícios o evento trará para o comércio e negócios do Brasil com Cabo Verde e a África em geral?

Depois de apreciarmos o potencial de Cabo Verde como porta de entrada no Continente Africano e de termos estudado, com atenção, as relações comerciais do Brasil com os países da CEDEAO, rapidamente concluímos que todo esse mercado estava em claro sub-aproveitamento. Sabendo ainda que Cabo Verde, se encontra bem próximo geográfica e culturalmente, do Brasil e que existem um conjunto de oportunidades de negócios bem identificadas, e que encaixam na perfeição no tecido empresarial brasileiro e em especial no que respeita às suas exportações e tecnologias, verificamos que os benefícios são evidentes, para todas as partes. Mais ainda, estando o Brasil integrado na Mercorsul e Cabo Verde na CEDEAO, pode muito bem o sector empresarial brasileiro liderar os interesses comerciais de toda a América Latina.

Crédito: Pixbay