O Pará e especialmente a capital paraense, Belém, entraram no foco das atenções mundiais após o anúncio oficial da realização da 30ª. Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas (COP 30) em 2025, aqui na Amazônia, para quando está prevista a chegada de até 50 mil pessoas do mundo inteiro. O secretário para o clima, energia e meio ambiente do Itamaraty, embaixador André Aranha Corrêa do Lago, destacou que o financiamento de atividades econômicas não nocivas ao meio ambiente e, principalmente, à região amazônica deve ser o ponto central da COP 30. Por sua vez, o governador paraense, Helder Barbalho, tem enfatizado em seus pronunciamentos que “precisamos ser protagonistas neste importante evento e não deixar que a capital do Pará e os Estados que compõem esta unidade da federação sejam apenas locais físicos onde foi realizada uma reunião da COP. Para isto é necessário o engajamento dos diversos setores que se comprometam a fazer acontecer”.
Ainda segundo observação do ministro André Aranha, as cidades que recebem as COPs precisam fazer um grande esforço para estarem preparadas quanto à infraestrutura, com rede de hotelaria, de restaurantes, assim como malhas rodoviária e aérea. O embaixador brasileiro destacou, ainda, que várias cidades ao redor do mundo se beneficiaram após sediar a COP, acrescentando que esse é um desafio para os próximos dois anos e meio.
Por sua vez, todos os presidentes da América Latina aprovaram o nome da capital paraense como sede do evento e confirmaram participação, em agosto deste ano, na Conferência da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que tratará exclusivamente da Região Amazônica.
Impulsionado pelas previsões otimistas quanto à melhoria do segmento turístico, que acompanha atentamente projetos de grande envergadura (como o “Porto Futuro II”) o trade turístico local não esconde a expectativa quanto às intervenções anunciadas pelo Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Belém que trarão “melhorias e benefícios significativos à cidade como, por exemplo, nas vias de transporte público, o que garantirá mobilidade urbana para os belenenses no futuro”. Além disso, espera-se que as obras de reformas de prédios históricos e construção de novos ambientes mudem a cara da cidade para melhor e cause impacto positivo nos visitantes. Ainda sobre o “Porto Futuro II” o projeto apresentado requalificará sete galpões do Porto de Belém, cedidos pela Companhia Docas do Pará. O objetivo do espaço é a fomentação de atividades econômicas que estejam relacionadas à cultura e ao turismo.
