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Flashes de Malta

Malta tem uma história tão antiga quanto o velhocontinente. Lá é possível visitar ruínas de templos que datam dos anos 5.000 a.C e catacumbas construídas pelos fenícios, que dominaram a região a partir de 800 a.C.

Mar Mediterrâneo, que liga a Europa à Àfrica e Oriente Médio

Mas foi em 60 d.C que um acidente mudou para sempre o destino dos malteses: o naufrágio do apóstolo Paulo. Considerado o apóstolo dos gentios ele havia saído de Creta para ser julgado em Roma, já que era um cidadão romano. Havia sido preso por pregar o evangelho de Jesus, considerado na época uma afronta à Lei de Moisés.

A cruz na bandeira de Malta é uma medalha e não um símbolo religioso. Ela faz referência à medalha Georgio Cross que o povo maltês recebeu do Reino Unido por sua bravura durante a Segunda Guerra.

Passados quase 2.000 anos, as marcas da passagem de Paulo ainda são nítidas, prova disso é o fato de 90% da população de 550 mil habitantes ser católica, além das 359 igrejas que anualmente celebram seus respectivos santos padroeiros.

Lugares para revisitar essa história é o que não faltam no arquipélago. São museus, monumentos, igrejas e principalmente abrigos mediterrâneos que relatam o caos e o cotidiano durante o conflito em Malta, que na época ainda era colônia inglesa.

Já no Museu da Guerra, na cidade de Vittoriosa, estão os túneis escavados na rocha que serviram, além de abrigo, como quartel-general da guerra. No local ainda há um acervo com armas, munições e uniformes que contam a história da resistência dos malteses.

O arquipélago foi duramente atacado pelos nazifascistas. Registros oficiais dão conta de 26 mil bombas lançadas sobre Malta, cerca de 17 mil toneladas de explosivos que destruíram cerca de 40 mil edifícios e deixaram 7 mil mortos.

A guerra acabou em Malta com a rendição dos italianos em setembro de 1943. Mas o país ainda precisava ser reconstruído.