POR: ÔMAR SOUKI
“Quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado” (Lucas 18, 14). “Se alguém quiser ser o primeiro, deverá ser o último e ser aquele que serve a todos” (Marcos 9, 35). “Vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11, 2). Em geral, associamos a humildade à religiosidade, e estamos certos, pois ela é um dos pré-requisitos da santidade.
Mas, essa virtude é contemplada e aclamada além do contexto religioso: “O segredo da sabedoria, do poder e do conhecimento é a humildade” (Ernest Hemingway); “Acho que a primeira prova da grandeza de uma pessoa é a sua humildade” (John Ruskin); “Quanto maiores somos em humildade, tanto mais próximos estamos da grandeza” (Rabindranath Tagore); “A única sabedoria que uma pessoa pode esperar adquirir é a da humildade” (T. S. Eliot).
A psicóloga Joana Valério explica que “a humildade pode ser entendida como um processo psicológico a partir do qual o indivíduo se relaciona consigo e com os outros de forma realista, mantendo ‘os pés na terra’ e reconhecendo as suas limitações e fragilidades, na medida em que fazem parte da sua verdade e da sua natureza.
[…] Na humildade existe a consciência da finitude e de como tudo é efémero e transitório, pelo que as conquistas e os sucessos não passam de situações momentâneas e as condições de superioridade (instrução, conhecimento, extrato social) não devem ser usadas com arrogância para rebaixar o outro ou para gerar uma atitude de auto engrandecimento” (psicologia.pt).
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