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Precisa levar medicamentos no avião?

Confira cuidados para que não haja problemas em sua viagem

1. Medicamentos habituais: apesar de as aeronaves terem equipamentos e kits de urgência a bordo para situações graves, o passageiro deve levar consigo, na bagagem de mão, os medicamentos que precisa tomar habitualmente. “Tenha em embalagem plástica vedada os medicamentos que precisará tomar durante o voo, pois os equipamentos e kits de socorro disponíveis nas aeronaves são lacrados e usados, exclusivamente, por médicos a bordo em situações especiais. Além disso, esses kits não compõem todos os tipos de medicamentos”, ressalta a médica.

2. Situações especiais: algumas situações de saúde precisam de atenção especial como no caso de diabéticos, epiléticos, dependentes de oxigênio que precisam de medicação e suporte específico. Quem faz uso de insulina, por exemplo, pode acondicionar o item em bolsa térmica na geladeira do avião com a devida identificação. Existem particularidades nas normas de aeroportos e uma delas indica que os passageiros não devem estar em posse de objetos cortantes, como agulhas, facas e alicates de unha. Seringas, medicações controladas e oxigênio podem ser liberados a bordo sob notificação prévia e respeitando as regras da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). “Oriento ligar 78h antes da viagem para a companhia aérea para mais informações, pois o oxigênio precisa ser autorizado com, no mínimo, 72h de antecedência, e algumas empresas liberam porte de bagagem de mão específica para esses casos”.

3. Receita médica: para que o passageiro transporte a bordo determinadas medicações, precisa estar em posse da receita médica com posologia compatível com a quantidade que carrega e, em casos especiais, com o laudo médico que justifique o seu uso. A receita pode ser manual ou digital e é necessária tanto para medicações despachadas, quanto para bagagem de mão.

4. Quantidade:  para diabéticos e pacientes com medicações especiais, a orientação é levar o dobro de insumos necessários para a viagem, evitando contratempos. É necessário que a quantidade em posse esteja de acordo com o que está descrito na receita médica ou no laudo. “Mesmo medicamentos de uso regular precisam estar acompanhados de receita médica e em quantidade compatível com estadia ou duração da viagem. Para medicamentos líquidos, fica liberado em bagagem de mão 100 ml, devendo estar em embalagem original. Volumes maiores passam por inspeção e precisam estar bem justificados em receita ou laudo e compatíveis com tempo de voos, incluindo escalas. E medicações fitoterápicas e manipuladas passam por inspeção diferenciada”.

5. Identificação: é muito importante que os passageiros com alguma ou condição especial carreguem um tipo de identificação, por exemplo, cartão de necessidades especiais, pulseira médica ou colar de doenças ocultas, com orientações de primeiros socorros, CID (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde) da doença, medicações em uso, alergias e telefones importantes para o caso de emergência. “Existem dois formulários médicos, o FREMEC e o MEDIF, para passageiros com problema de saúde e que necessitam de assistências especiais durante o voo. Indico pesquisar sobre eles durante a programação da viagem, assim como quais doenças se enquadram no uso do cartão de girassol que sinaliza a necessidade de suporte durante voos. São coisas simples e que podem fazer a diferença em uma situação de urgência. Essas informações serão cruciais para um atendimento rápido e efetivo do passageiro, caso haja necessidade”, alerta a médica.

Crédito: Pixbay