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Pesquisa revela visão sobre outros Estados

Descontraídos para alguns, intensos para outros, quem reside no Rio de Janeiro também parece levar uma fama bastante peculiar nas diferentes regiões do Brasil: a visão de que estes são os grandes “bons de lábia”, sobretudo quando a habilidade de convencimento em questão é estrategicamente usada para conquistar outros corações.

A bela, histórica e turística cidade de Tiradentes (MG)

Para as pessoas dos demais estados, a destreza na hora do flerte que supostamente marcaria a essência fluminense é tanta que, se comparados ao restante do Brasil, são eles os responsáveis por ocuparem o topo do ranking dos paqueradores de mão cheia (33%), ao lado dos paulistas (19%) e baianos (9,1%).

A disputa, de toda maneira, está longe de ser acirrada… e só reforça como seria preciso tomar cuidado com o jeitinho “xavequeiro” desses mestres na arte da paquera.

Ora, mas o que poderia explicar as frequentes associações entre os moradores do Rio e o bom “xaveco”?

Embora tal estereótipo admita diversas origens, a plataforma atrela boa parte da impressão ao sotaque e à maneira típica de se portar no estado, comumente percebidos como charmosos e autênticos por outros brasileiros.

Graças à desenvoltura para interações sociais, em especial entre os cariocas, é provável que os mais irreverentes sejam vistos como conquistadores, mesmo quando o interesse romântico não faz parte do bate-papo.

Paulistas e gaúchos

Em um país tão elogiado por sua sociabilidade e abertura aos demais, será que daria mesmo para dizer que existe um estado mais comunicativo que o restante? Pelo menos de acordo com os entrevistados pela Preply, ainda que desafiadora, a resposta é sim… e estaria na mesma região cujos habitantes vira e mexe recebem as etiquetas de  “estressados”, “apressados” e “viciados em trabalho”: São Paulo.

Mesmo com concorrentes de peso para o título como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo 17,7% dos respondentes, o estado que abriga a capital mais agitada do país também seria aquele onde as pessoas apresentam as melhores habilidades de comunicação se comparadas aos habitantes dos outros 26 estados.

Por outro lado, não surpreende que todos os três estados sulistas tenham sido eleitos os mais reservados do Brasil, cada qual em uma posição de destaque no pódio.

Constantemente associados a comportamentos retraídos pelos de fora, tanto paranaenses quanto catarinenses receberam o título de comedidos por 10% dos respondentes, num ranking encabeçado por ninguém mais, ninguém menos que os gaúchos, símbolos da discrição por 2 em cada 10 entrevistados ao redor do país.

“Embora as representações culturais sobre determinadas populações nem sempre sejam negativas — como nos mostra os estereótipos comumente associados aos mineiros e paulistas  —, é fundamental reconhecer de onde vêm e questionar certas impressões generalizadas, que tendem a simplificar e reduzir a diversidade dentro de qualquer comunidade”, comenta Sylvia Johnson, líder de Metodologia da Preply.

Em Diamantina (MG), Rua Macau do Meio

“Não é por acaso que enfrentamos dificuldades ao tentar explicar por que categorizamos certos estados como ‘festeiros’ ou ‘reservados’. Isso revela como muitas de nossas percepções sobre esses estados são, na verdade, reflexos de narrativas simplistas perpetuadas quase que inconscientemente.”

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